ARY SILVEIRA BUENO

Capitalismo Consciente

I. INTRODUÇÃO
Acaba de ser lançado no Brasil, o livro – Capitalismo Consciente: Guia Prático – Ferramentas para Transformar a sua Organização. É imperdível, em minha modesta opinião.
O livro apresenta como o primeiro pilar, para uma verdadeira e efetiva sustentabilidade de qualquer organização, em qualquer lugar do mundo, o triplo compromisso de atender simultânea e satisfatoriamente, o investidor, o social e o meio ambiente. Mas não é só isso. Como segundo pilar, diz o Livro ser necessário não menosprezar e muito menos desprezar outros stakeholders da Organização, como: Seus Profissionais, Clientes e Fornecedores.
 Parece tudo tão lógico e óbvio, que você leitor se pergunta: Qual a novidade nisso tudo?
Se somente buscarmos o lucro e atendermos a demanda do investidor não é tarefa tão fácil, imaginemos conjugar o atendimento à todos de forma equilibrada, sustentável e perene?
 Os experientes autores deste Guia elencam quatro Princípios Fundamentais, para que toda Organização pratique o recomendável Capitalismo Consciente, são eles:
Propósito evolutivo além do Lucro;
É a diferença que a empresa pode fazer no mundo; Ao focá-lo a empresa inspira, envolve e energiza seus stakeholders.
Criação de Valor aos stakeholders, com a integração de seus interesses;
A empresa precisa mudar e criar relações ganha-ganha-ganha com os stakeholders, tornando-se o modus operandi do negócio.
Liderança Servidora;
É ir além do interesse próprio; é ser motivado por propósito e não por poder e enriquecimento pessoal e atuar como mentor, desenvolvendo e inspirando pessoas.
Cultura Responsável;
Organizações conscientes promovem culturas com altos níveis de confiança, autenticidade, transparência e cuidados genuínos.

II. OBSERVAÇÃO E DADOS TRAZIDOS PELOS AUTORES
Segundo os autores, a combinação dos efeitos positivos da Revolução Industrial (1.750), mais o conceito do Livro: A Riqueza das Nações (1.776) e mais a Declaração de Independência dos EUA (1.776), possibilitaram a evolução dos dados que seguem:
Nos últimos dois séculos, o Capitalismo tirou muito mais pessoas da pobreza do que qualquer outra ideia ou instituição, na história da humanidade;
Desde 1.800, os rendimentos per capita em todo o mundo, aumentaram quinze vezes, em termos reais;
A porcentagem de pessoas que vivem na pobreza extrema caiu de 90%, para cerca de 9%; e a expectativa de vida mais que dobrou, com a população crescendo sete vezes e a alfabetização passando de 12% para 86%, em todo o mundo.

III. O CAPITALISMO CONSCIENTE E A ATUAL REALIDADE BRASILEIRA
Lá se vão 33 anos de redemocratização no Brasil. Esse tempo passado é inquestionável.
Também não se discute que fortes e impactantes transformações: política, econômica e social ocorreram no Brasil neste período; gostemos ou não delas. É transformação 4.0!  O conceito do Capitalismo Consciente e sua efetiva prática, pode ser a real senha, seu melhor KPI (Indicador Chave de Performance), para que a Organização tenha e se mantenha sustentável e perene, por bem mais tempo do que as Organizações que dispensam o referido conceito e a sua prática. Há estudos que comprovam isso. Destaque-se que no Brasil, nos últimos anos, não tivemos em elevado nível, a prática do Capitalismo Consciente, haja vista a Operação Lava Jato, Acordos de Delação e de Leniência, em profusão.

IV.CONCLUSÃO CONSCIENTE
O referido Livro-Guia, deveria ser de conhecimento de todos os empreendedores, gestores públicos e privados, incluindo os do Terceiro Setor e principalmente dos Profissionais de Contabilidade, por entendermos ser o Capitalismo Consciente, um excelente conceito prático e muito útil como grande Ferramenta de Gestão Estratégica, na criação de Valor ao Negócio e à Marca.
Se a conclusão é procedente e reafirmamos que sim (em nosso entendimento), poderia os futuros governos Federal e Estadual, em janeiro de 2.019, praticar, disseminar e incentivar o Capitalismo Consciente, até como Marca de um novo Brasil, com o qual todos os brasileiros mais do que sonham e que podem tê-lo.