Política

Carla Morando cobra Vivo sobre ausência de sinal no Riacho Grande

Tiago Brocado Machado e Carla Morando

A deputada estadual Carla Morando (PSDB), presidente da CPI das Empresas de Telecomunicações, que investiga os serviços prestados por empresas do setor no Estado, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), cobrou esclarecimentos e medidas da empresa Vivo sobre ausência de cobertura na região do Riacho Grande, em São Bernardo, Rodoanel Mário Covas e estradas paulistas. A solicitação foi feita na quarta (28), durante oitiva do diretor Executivo Institucional da Empresa Vivo, Tiago Brocado Machado.

“Em São Bernardo, quando alguém está no Riacho Grande fica sem sinal. As pessoas nessa região e na parte do Rodoanel e estradas do Estado não conseguem fazer nenhum contato porque não existe sinal”, disse a deputada que solicitou à Vivo que encaminhe à Comissão o mapa de atendimento da empresa por região e por antena. “Precisamos de informações sobre a abrangência dos serviços, em especial sobre banda larga e internet móvel, para verificarmos se cobrem todas as regiões do estado”, disse a deputada.

Machado se comprometeu a enviar para a CPI os documentos solicitados e ainda respondeu a outros questionamentos da presidente sobre a empresa que atende no Estado 38 milhões de clientes ofertando serviços de celular e digitais, banda larga de ultravelocidade, e TV por assinatura. “No Brasil, são mais de 100 milhões de clientes”, citou o diretor que destacou também ações nas áreas de proteção de dados, cibersegurança e governança.

Carla Morando e demais deputados também pediram esclarecimentos sobre medidas que a Vivo tem adotado para combater golpes telefônicos que acontecem constantemente e são táticas criminosas para convencer as vítimas a transferirem dinheiro ou ceder dados pessoais por meio de ligações. O diretor da Vivo também teve que responder sobre as principais reclamações registradas nos canais de defesa do consumidor: cobrança indevida, cancelamento ou mudança do plano, problemas com saldo e cobertura, velocidade abaixo da contratada, entre outras reivindicações dos clientes.

“Como a empresa tem atuado para melhorar o atendimento ao consumidor? Informe as medidas que adotaram para solucionar esses problemas apresentados”, indagou a presidente Morando que ainda pediu esclarecimentos sobre a venda de “combos” que obrigam o cliente a adquirir serviços que não vai utilizar, como na contratação de banda larga que inclui aplicativos e, embora seja identificada como “cortesia”, pode ter o valor embutido no preço final cobrado. A operação é vista como uma espécie de venda casada, prática proibida pelo código de defesa do consumidor.

A deputada também cobrou esclarecimentos da empresa sobre o cumprimento de lei de sua autoria que obriga as empresas prestadoras de serviços públicos essenciais a enviar com antecedência os dados de identificação do técnico responsável pelo atendimento na residência do usuário. A medida vale para empresas detentoras dos serviços de fornecimento de água, luz, gás canalizado, telefonia, internet e televisão a cabo. O objetivo é evitar que os usuários sejam vítimas de golpes de falsos técnicos.