
A trajetória do Sicredi, iniciada em 1902, no Rio Grande do Sul, ganhou força no Paraná a partir de 1985, impulsionando o desenvolvimento do Estado. Em 29 de janeiro de 1985, três centrais de cooperativas de produção e cooperativas singulares de crédito já existentes uniram-se para formar a Cooperativa Central de Crédito Rural do Paraná – Cocecrer/PR, atual Central Sicredi PR/SP/RJ.
Sob a liderança de pioneiros que buscavam uma alternativa ao sistema financeiro tradicional para apoiar o agronegócio nos anos 80 e 90, o movimento – incentivado regionalmente pela Organização das Cooperativas do Paraná (OCEPAR) – consolidou-se, quatro décadas depois, como um pilar essencial do desenvolvimento econômico e social do Estado.
Uma trajetória que, a partir de 2011, ganhou novo impulso com a união com a então Central Sicredi SP, formando uma entidade única – Central Sicredi PR/SP – que reforçou a expansão do cooperativismo no estado de São Paulo e junto à Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (OCESP). Em 2013, foi a vez do estado do Rio de Janeiro também contar com a presença do Sicredi. A cada ano, novos desafios e resultados colhidos a partir do reforço da interação com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Banco Central do Brasil (BACEN), além de organismos internacionais, como Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu, em inglês).
Como parte das celebrações dos 40 anos, a Central Sicredi PR/SP/RJ promoveu um evento especial, na terça (18), no Teatro UP Experience, em Curitiba (PR). A peça teatral “De onde veio tudo isto?” homenageou a trajetória do cooperativismo de crédito na região e as pessoas que ajudaram a construir essa história. O evento reuniu lideranças cooperativistas, colaboradores e associados para um momento de reflexão sobre os desafios superados e os que ainda estão por vir.
A peça teatral trouxe uma reflexão sobre as forças da instituição financeira cooperativa, a superação dos desafios e, ainda, um final inspirador. A obra relembrou o que torna o Sicredi tão especial é a essência, os valores e a história da marca. “São esses pilares que nos trouxeram até aqui e que continuarão nos diferenciando. Por isso, é preciso cultivar e fortalecer esses alicerces, ao mesmo tempo em que agregamos novas habilidades e conhecimentos”, destaca o presidente da Central Sicredi PR/SP/RJ, Manfred Dasenbrock.
Também foram entregues às 31 cooperativas que compõem a Central Sicredi PR/SP/RJ uma aquarela simbólica, desenhada pelo arquiteto e artista plástico paranaense Tiago Salcedo. Cada uma das 31 pinturas retratou detalhes econômicos e culturais das áreas de atuação das cooperativas Sicredi, reforçando a capacidade de geração de desenvolvimento regional da instituição financeira cooperativa.
Recorde no Paraná e em São Paulo
Hoje, as 31 cooperativas que compõe a Central Sicredi PR/SP/RJ contam com quase mil agências, sendo a maior rede de atendimento bancário do Paraná e a instituição financeira que mais cresce em número de inaugurações de agências em São Paulo. No total, 73 municípios destes estados contam com Sicredi como única instituição financeira com atendimento físico na cidade, comprovando também o seu papel social de levar atendimento a comunidades menores e mais afastadas dos grandes centros.
No Paraná, berço das primeiras cooperativas que deram origem à Central Sicredi PR/SP/RJ, cerca de 12% da população é associada ao Sicredi. Analisado pelo conceito de População Economicamente Ativa (PEA), o número sobe a 24% dos habitantes do Estado. São mais de 1,4 milhão de associados no Paraná, com uma cobertura de agências físicas do Sicredi em 85% dos munícipios.
Para Dasenbrock, o desenvolvimento da instituição é como uma árvore de raízes profundas e tronco sólido, capaz de resistir aos ventos mais fortes. “O Sicredi sempre cresceu nos momentos de maior dificuldade, porque nunca se afastou das pessoas e das comunidades onde atua. Reforçar o relacionamento local e a transparência tem sido a chave do nosso sucesso. Dizem que andamos na contramão do mercado por nossa postura de expansão, abertura de agências e investimento em pessoas. Nós acreditamos que estamos indo na direção do que esperam do Sicredi”, ressalta.
“Ir mais longe para estar mais perto”
Mais que oferecer serviços financeiros, o Sicredi investe continuamente em educação e formação cidadã, contribuindo para o desenvolvimento social. Presente em mais de 1,8 mil escolas e 308 municípios do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, o Programa A União Faz a Vida, principal iniciativa social do Sicredi, reforça os princípios do cooperativismo na educação de crianças e adolescentes, formando cidadãos mais conscientes. Já o Cooperação na Ponta do Lápis impactou, apenas em 2024, mais de 1,7 milhão de associados em educação financeira – auxiliando no controle de gastos e recursos e contribuindo para um futuro mais seguro. São milhares as iniciativas de voluntariado nos três estados, além de projetos que promovem reflexões sobre sustentabilidade.
A postura de expansão reforça o impacto positivo gerado nas regiões e cidades onde o Sicredi atua. Ao abrir uma nova agência, o círculo virtuoso inicia: o depósito que vira crédito; o crédito que se transforma em novos projetos empresariais; novos empreendimentos que contratam novos colaboradores; novos colaboradores que injetam massa salarial nas cidades; cidades que recolhem mais tributos.
Uma pesquisa da Fipe, realizada em parceria com o Sicredi, mostrou que a cada R$ 1,00 concedido em crédito, R$ 2,45 foram acrescidos ao PIB da economia. A pesquisa também chegou à conclusão que o cooperativismo incrementa o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%.
Ao longo dessas quatro décadas, as cooperativas filiadas à Central Sicredi PR/SP/RJ demonstram que o cooperativismo vai além de um modelo econômico: é um compromisso com o desenvolvimento regional. “Celebramos não apenas uma história de crescimento, mas de valores compartilhados e de novas histórias de sucesso que construiremos juntos. Vamos seguir indo mais longe para estarmos mais perto”, conclui Manfred Dasenbrock.
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