Os municípios de São Bernardo, Santo André, Diadema, Mauá foram destaque no Ranking de Saneamento 2024, divulgado este mês, pelo Instituto Trata Brasil. O estudo avalia as 100 cidades mais populosas do país com base em indicadores de 2022 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), como acesso a água, coleta e tratamento de esgoto, população atendida, perdas de água e investimentos. Santo André apareceu em 31º lugar no ranking, seguida por Diadema (36º), Mauá (37º) e São Bernardo (38º).
No indicador Atendimento Total de Água, que mostra os municípios que possuem 100% de atendimento total de água, estando com serviços universalizados de acordo como Novo Marco Legal do Saneamento Básico, Santo André aparece em 1º lugar, junto com outros 21 municípios do país, com 100% da população com acesso à água potável. O município também se destaca na coleta de esgoto junto com Mauá, onde 100% da população tem acesso à coleta de esgoto.
No quesito investimentos totais por habitantes, onde se consideram não apenas os investimentos realizados pelos prestadores, mas também os investimentos realizados pelos Estados e municípios, Santo André e São Bernardo aparecem no topo da lista como as cidades que mais investem em saneamento. Santo André investe, em média, R$ 628,07 por habitante e, São Bernardo, R$ 265,93.
Analisando as capitais brasileiras, São Paulo é a capital com melhor saneamento no País, ocupando a 7ª colocação na lista geral. Em primeiro está Maringá (PR). As piores em saneamento, de acordo com o levantamento, são Rio Branco (AC), Macapá (AP) e Porto Velho (RO). De acordo com o Instituto Trata Brasil, o Ranking do Saneamento 2024 liga um alerta, para as capitais e municípios nas últimas posições, para que atuem pela melhoria dos serviços e priorizar o básico.
“Esta edição do Ranking destaca que além da necessidade de os municípios alcançarem o acesso pleno do acesso à água potável e atendimento de coleta de esgoto, o tratamento dos esgotos é o indicador que está mais distante da universalização nas cidades, mostrando-se o principal gargalo a ser superado. Temos menos de 10 anos para cumprir o compromisso de universalização do saneamento que o país assumiu para com os seus cidadãos. Ainda assim, cinco capitais da região Norte e três da região Nordeste não tratam sequer 35% do esgoto gerado. Neste ano, de eleições municipais, é preciso trazer o saneamento para o centro das discussões”, afirma a presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Siewert Pretto.