AME Memórias de São Bernardo

Comemorando as Festas Juninas

Em São Bernardo, as festas juninas sempre foram comemoradas, em todos os tempos e em diversos locais, desde que esta manifestação folclórica-religiosa foi trazida ao Brasil pelos portugueses e espanhóis. Tudo acontece para louvar Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo. Suas principais características são: figurinos com o uso de roupas xadrez e com estampas floridas, chapéus-palhetas e muitas fitas coloridas. Alimentos à base de milho e amendoim, como pamonha, curau, pé de moleque, paçoca. Bebidas: quentão e vinho quente. Na decoração, as palhas têm lugar de destaque, pois reportam à vida da fazenda, assim como as bandeirolas. E conta ainda, com a sua dança mais tradicional, a quadrilha e quase toda esta festança acontece no entorno de uma quermesse. O termo “quermesse” deriva da língua flamenga, kerkmesse, que quer dizer kerk=igreja; messe=feira, ou seja, feira de igreja. E uma marca quase esquecida, mas que antes era muito comum nessa época de festas juninas é o mastro que é erguido para celebrar os três santos ligados à esta comemoração, pois as imagens deles são afixadas no cume do mastro, em três bandeirinhas. E num passado mais longínquo existia o pau de sebo – um poste de madeira untado com sebo em que as pessoas subiam para tentar alcançar prêmios amarrados em seu topo.
Com todos estes predicados, estamos em pleno momento destas manifestações e lembramos desta envolvente festa ocorrida em 1963, na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem (hoje, Basílica Menor), quando um grupo de congregados marianos e filhas de Maria – o primeiro formado por homens e o segundo por mulheres, que se distinguiam por suas práticas de devoção e fé dentro da igreja católica – estes se reuniram e realizaram uma alegre festa junina. Além dos comes e bebes típicos da quermesse, da fogueira, ensaiaram e apresentaram a tradicional quadrilha e dançaram na Praça da Matriz. Desta vez, a memória nos reportou a essa festa, uma das muitas que aconteceram na cidade. E o mais importante: até hoje a quermesse continua…

Hilda Breda-integrante da AME (Associação dos Amigos da Memória de São Bernardo)

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