Comércio eletrônico deve encerrar o ano com alta de 39%
Projeções para 2022
Considerando o forte desempenho obtido pelo comércio eletrônico em 2021 e o contexto de incertezas no ambiente econômico, com elevado nível de endividamento das famílias, inflação e alta dos juros, a FecomercioSP estima que as vendas cresçam de forma menos acelerada no ano que vem. De acordo com as projeções, o faturamento real do e-commerce no Estado de São Paulo deverá aumentar em torno de 7%, alcançando R$ 46,2 bilhões. A expectativa é de que haja crescimento nas vendas de não duráveis, especialmente de alimentos, bebidas e itens de cuidados pessoais pelo comércio eletrônico. Por sua vez, os setores tradicionais no comércio eletrônico, como é o caso de duráveis, devem continuar a curva de crescimento, porém, num ritmo menor.
A tendência, na avaliação da Entidade empresarial, é de que o conceito O2O (Online to Offline) cresça cada vez mais, beneficiando comerciantes e consumidores. A digitalização do comércio, acelerada pela crise sanitária, deve continuar mesmo com a abertura dos estabelecimentos. De forma a melhorar a experiência de compra do cliente, o varejo poderá mesclar vendas presenciais com as online. Assim, o consumidor poderá fazer compras pelo comércio eletrônico e retirar o produto no estabelecimento, comparar preços em diversas plataformas e negociar presencialmente, além de comprar online após ter experimentado o produto na loja física.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) é realizada trimestralmente pela FecomercioSP a partir da base de dados da Ebit|Nielsen. Além de dados de faturamento real, número de pedidos e tíquete médio, a pesquisa permite mensurar a participação do comércio eletrônico nas vendas totais do varejo paulista. As informações são segmentadas em 16 regiões administrativas, que englobam todos os 645 municípios paulistas e abrangem todas as atividades varejistas constantes do código CNAE 2.0.
A PCCE também traz informações sobre as vendas de três categorias de bens de consumo: duráveis, semiduráveis e não duráveis. Entre os bens duráveis estão automóveis e veículos, brinquedos, casa e decoração, colecionáveis, construção e ferramentas, eletrodomésticos, eletrônicos, fotografia, games, informática, instrumentos musicais, joias e relógios, telefonia, celulares, entre outros. Os semiduráveis são compostos por itens de arte e antiguidade, artigos religiosos, bebês e cia, esporte e lazer, indústria, comércio e negócios, livros, moda e acessórios, natal, papelaria e escritório. Já entre os não duráveis estão: alimentos e bebidas, assinaturas e revistas, perfumaria e cosméticos, petshop, saúde, serviços, sexshop e tabacaria.