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(Foto: Alessandra Cabral/CPB)
São 30 anos promovendo a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade por meio do esporte paraolímpico, da iniciação ao alto rendimento. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) celebra três décadas de história com inúmeras conquistas no currículo. Como nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, com recorde de pódios, com 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, o que rendeu a inédita 5ª posição nos Jogos Olímpicos.
Mas, este não foi o único destaque na história do CPB. O atual presidente, José Antônio Freire, relembra alguns momentos marcantes. “Já criamos 72 centros de referência e, este ano, queremos chegar a 104 centros de referência espalhados pelo Brasil. A trajetória do CPB é muito rica em conquistas. Quando começou, na primeira paraolimpíada que o CPB foi, em 1996, estávamos em 32º lugar e fomos avançando até chegar no Top 10 em Pequim e com o trabalho que todos os presidentes que me antecederam fizeram, hoje o Brasil tem a honra de estar no Top 5. O legado que o CPB deixa para sociedade não tem preço e tem uma importância enorme para as pessoas com deficiência”, comenta.
Outro momento de destaque na história foi o apoio do rei Pelé, então Ministro do Esporte, em 1995, que ajudou o Comitê a ganhar projeção nacional e a aproximar-se de patrocinadores, artistas e meios de comunicação.
O Brasil já conquistou 462 medalhas em toda a história dos Jogos Paralímpicos, com 134 ouros, 158 pratas e 170 bronzes. Mas, a maioria desses pódios aconteceram após a fundação do CPB. Sob a gestão do Comitê, foram 399 medalhas conquistadas na história dos Jogos (Atlanta 1996 a Paris 2024), sendo 120 ouros, 131 pratas e 148 bronzes.
O atual presidente, eleito para o ciclo 2025-2029, comenta uma das principais metas de sua gestão é aumentar o número de centros de referência. “Com isso, a gente vai alcançar um maior número de pessoas com deficiência. Também temos a meta de aumentar as vagas no residencial, fazer mais um piso, para que a gente possa atender mais confederações. Hoje, o residencial se tornou pequeno para o tamanho da demanda. E temos um grande desafio que é construir o velódromo e mais escolas, em uma parceria com o governo do Estado de São Paulo”, revela.
Outra meta é colocar o país entre os quatro com mais medalhas em nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles. “Nosso maior objetivo é que o Brasil continue entre os cinco melhores do mundo e continuar sendo o primeiro lugar no Jogos Parapan”, comenta.
Para isso, o CPB busca aumentar o número de atletas em parceria com as confederações. “Nesses próximos quatro anos vamos continuar investido nas confederações para alcançar o maior número de medalhas. Aumentamos dois fundos, de transição de carreira e para comprar mais equipamentos, além de buscar mais parcerias com o governo estadual e federal para conseguirmos mais recursos. Para, em 2028, termos um desempenho igual ou melhor do que foi em 2024 em Paris”, completa.
O Comitê conta com aporte financeiro das Loterias Caixa e Caixa Econômica Federal, que respondem por 90% dos recursos. Mas, segundo o presidente, a meta é avançar em parcerias com empresas privas.
Desde 2016, o CPB conta com um moderno Centro de Treinamento localizado no Parque Fontes do Ipiranga, zona sul de São Paulo. O espaço tem instalações esportivas para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e seleções em 20 modalidades paralímpicas.
Fotos: Divulgação CPB
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