Fundada em 1999, a CREDISBC funcionava em um imóvel anexo a sede da Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo. Criada com o objetivo de ser uma cooperativa que beneficiasse os funcionários públicos de São Bernardo, oferecendo empréstimos a juros razoáveis, a instituição foi fundada pelo advogado Otto Bethke. Dr. Otto, como era conhecido, o tesoureiro Rui Bury e Antonio Pelosini, que ficava na administração, trabalhavam de forma voluntária.
O então presidente da Associação dos Funcionários Públicos Inativos, Clarivalde Versolatto, emprestou, gratuitamente, a sede da Associação dos Inativos para a Cooperativa dar seus primeiros passos. Em 2001, Dr. Otto deixou o comando da instituição para Antonio Pelosini, Diósnio Machado Júnior e Vera Lúcia Sabatini. Pelosini decidiu expandir os serviços prestados e a cooperativa passou atender outras prefeituras da região, passando a se chamar CREDIABC.
Em seguida, em 2011, Vera Lúcia Sabatini assume a presidência ao lado dos diretores Alamares de Deus Baffile e Edevaldo Campodone, quando assume o cargo Gealzi Passos, que está no cargo até hoje, ao lado de Maria do Carmo Beltran, Diretora de Relações Institucionais, e Domingos Lentini Filho, Diretor Operacional, Sérgio Nani Baffile, Diretor Administrativo.
Desde 2011, a CREDIABC mudou de endereço três vezes. Hoje, está em um amplo imóvel de quatro andares e estacionamento para os associados, na Travessa dos Vianas, 65, próximo ao Paço Municipal, em São Bernardo. “Em 2014, construímos esse prédio para, exatamente, acomodar os coope-rados e ter um atendimento mais humano. O prédio é nosso, não devemos nada para ninguém. Estamos procurando honrar o nome de quem fundou a cooperativa”, afirma Gealzi.
O presidente afirma que a cooperativa tem grandes diferenciais. “Temos um ‘plus diferente’. No banco, somos obrigados a ter conta corrente para poder receber os proventos da empresa onde trabalhamos. O cooperado não é obrigado, ele vem por vontade própria. Se o ele coloca o dinheiro e não usar em vida, quando ele morrer, a família recebe centavo por centavo. Também não fazemos nenhuma operação financeira sem seguro. Todo empréstimo feito pela Cooperariva tem seguro, que é uma garantia para outros associados e, ao mesmo tempo, é uma segurança para a família do cooperado”, comenta.
Hoje, a instituição possui 4.956 associados ativos, sendo 65,9% mulheres e 34,1% homens. A maioria possui entre 50 e 60 anos, onde são 1.405 associados. De 60 a 70 anos, são 1.312 cooperados e de 40 a 50 anos, 1.056. “Fazemos o que banco nenhum faz. O cooperado está em uma idade em que o seguro é muito alto. Fazemos um empréstimo de tal maneira que o dinheiro que ele possui, garanta o empréstimo. Se ele vier a óbito, a família não precisará pagar nada, porque o dinheiro que ele tem está garantido e a diferença do que ele estava devedor, o que sobrar, volta para a família”, revela Gealzi.
Outro diferencial da cooperativa é a assistência funerária. “Pelo simples fato se associar, o cooperado ganha cobertura de assistência funerária para ele, o cônjuge e os filhos menores de idade e solteiros, ou até 24 anos se tiverem na universidade”, diz.
Novidade
Este mês a CREDIABC passa a se chamar CREDI-SP, apta a atender todas as Prefeituras do Estado. Agora, todos os servidores estaduais paulistas podem se tornar cooperados. “Tivemos que nos adiantar. Existe uma forte pressão dos bancos para acabar com as cooperativas. Ou crescíamos ou seríamos incorporados por outra instituição. Hoje, já temos 18 funcionários do Estado junto a nós. São de Santos e do interior do Estado e já se associaram e já conseguiram empréstimo”, comenta Gealzi. “Nossa taxa de empréstimos é a menor, é 1.88% fixo. O cooperado tem o juros. Mas, ao final do ano, fazemos o fechamento da conciliação bancária e financeira e, as sobras, são devolvidas numa proporção aos associados”, completa.
Na quarta (14), em assembleia em Jaboticabal, interior de São Paulo, foram incorporados 480 novos associados, funcionários da Prefeitura de Jaboticabal. “Temos autorização do Estado para atender todas as cidades. O funcionário entrou em contato conosco, fazemos as pesquisas, se der certo, ele é nosso associado e pode pedir empréstimo”, revela Gealzi.
O presidente também comenta sobre o aplicativo, que está sendo aprimorado. “O cooperado poderá fazer tudo pelo celular”, diz.
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