AME Memórias de São Bernardo

Dia das Mães é todo dia

Homenagem à professora Adail Castro Duarte (primeira à esquerda) – Mãe do Ano de 1959 (Acervo: Célia Guiesser)

A primeira comemoração do Dia das Mães, no Brasil aconteceu no dia 12 de maio de 1918, promovida pela Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. A partir de 1932, após um decreto do presidente Getúlio Vargas, o segundo domingo de maio passou a ser reservado para esta homenagem.
Em São Bernardo, a partir do final da década de 50, foi iniciada a indicação da Mãe do Ano pela administração municipal, levando-se em consideração as mães de famílias numerosas, as mães que se destacavam em suas comunidades por suas ações na família, nas igrejas, em associações filantrópicas, entre outras. Assim, por exemplo, foi escolhida a Sra. Maria Servidei Demarchi, por ser a matriarca da família mais numerosa da cidade como mãe-símbolo da cidade.
Nessa época, celebrava-se missa campal, em algumas ocasiões, na Praça Lauro Gomes, em outras, na Igreja Matriz, com a presença da Mãe do Ano, acompanhada por toda a sua família e pela comunidade. Após a missa, havia o momento de homenagem prestada pelo Município, através do prefeito e autoridades locais, com flores e lembranças. Este tipo de evento atravessou décadas e foi sendo adaptado aos novos tempos, sendo realizado em outros locais também, até não se ter mais notícias.
As crianças, nas escolas, sempre preparavam homenagens, cartões, artesanatos, pinturas, livrinhos de receitas e até bombons de leite Ninho, entre outros, para presentearas mamães. Rastros de purpurina, cola colorida, tintas eram percebidas pelas mães, quando elas chegavam em casa, na semana que antecedia a data.Mas o pacto da surpresaque faziam com a professora, impedia qualquer dica de presente. Hoje em dia é mais comum festejarem o dia da Família, nas escolas.
Mudam-se os tempos, mudam-se as formas de homenagear, só não muda o amor incondicional daquela ou daquele que todos os dias cuida, protege, estimula, orienta, reza, perdoa, levanta, critica, acalma, acolhe, educa, abraça aqui e além. As expressões maternas: “Volte cedo”, “Leve um agasalho”, “Eu bem que te avisei”, “Deus te guarde”, “Vai dar tudo certo”, “Siga em frente”, ficam registradas como presença de amor, eternamente na memória e no coração dos filhos. E como diz a canção de Luiz Vieira, para quem emana tanto bem-querer, deixamos esta mensagem: “você é isso, parto de ternura, lágrima, que épura, paz do meu amor…”

Célia Guiesser – integrante da AME (Associação dos Amigos da Memória de São Bernardo)

Missa campal em homenagem à Mãe do Ano de 1956 – Maria Servidei Demarchi (acervo: Centro de Memória – SBC)

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