Diadema e Mauá irão celebrar aniversário, no mesmo dia, domingo (8), e completarão, respectivamente, 65 anos e 70 anos. Os prefeitos José De Filippi Júnior (Diadema) e Marcel Oliveira (Mauá), concederam entrevistas exclusivas à Folha. Filippi afirmou que O PT mudou a realidade de Diadema e que a cidade avançou com a participação popular, ouvindo a população. Já Marcelo revelou que o foco do governo, em especial, neste último ano do primeiro mandato, foi no desenvolvimento de Mauá. De acordo com o prefeito, os 70 anos de Mauá foram celebrados durante todo o ano de 2024, com entregas de escolas, áreas de lazer, ruas asfaltadas e áreas revitalizadas. Ambos os prefeitos comentam sobre as conquistas ao longo de 2024, futuras entregas e obras em andamento na cidade.
JOSÉ DE FILIPPI JÚNIOR
Folha do ABC – Neste ano, quais foram as principais conquistas para Diadema?
José De Filippi Júnior – Para falar de 2024, é importante citar os anos anteriores. Chegamos em 2021 em um cenário desafiador. Estávamos em meio a uma pandemia, a pior da nossa geração, com uma Prefeitura completamente desestruturada em praticamente todos seus aspectos e com um presidente de plantão que fazia tudo menos comandar o Brasil como se devia. Os dois primeiros anos foram de arrumação da casa, e não de força de expressão. Tivemos que reformar todas as 60 escolas municipais e todas as 20 Unidades Básicas de Saúde, reativar a Central Integrada de Monitoramento, reabrir parques, como o Pousada dos Jesuítas. A cidade tinha andado para trás em oito anos e tivemos que travar esse retrocesso para voltar a andar para frente. Em 2024 começamos a ter conquistas bem significativas, como o avanço das obras do CEU, a licitação do Novo Hospital Municipal em curso, entregamos a UPA Centro e deixamos na reta final a obra da UPA Paineiras – quando voltamos, Diadema não tinha nenhuma UPA. Governar é olhar para o presente, plantar o agora para colher futuro. E foi isso que fizemos.
Folha – O governo federal voltou a ter um papel marcante para a cidade, desde o ano passado. Quantas e quais obras estão recebendo investimentos na cidade?
Filippi – Diadema ficou anos lidando com um presidente que claramente não gostava da cidade. Quando o presidente Lula reassumiu o comando do País, em 2023, Diadema voltou a sorrir e ter as portas abertas novamente no Go-verno Federal. Desde então, a União virou uma parceira da cidade. O CEU de Diadema, o Novo Hospital Muni-cipal, as UPAs Centro e Paineiras, unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, o Periferia Viva, projeto do segundo CEU da cidade… São inú-meros os projetos encaminhados pelo Governo Federal em Diadema. E são projetos para transformação social. Pego o exemplo do Periferia Viva, que estima investimentos de R$ 200 milhões para revitalização dos núcleos habitacionais Marilene e Gazuza. Essas obras transformam vidas, transformam a realidade do bairro, as perspectivas de futuro. E isso vale para o CEU, no Promissão, para o Novo Hospital Municipal. Se tem um presidente que realmente é amigo de Diadema, ele é o presidente Lula.
Folha – Qual legado deixará, destes quatro mandatos, para Diadema, que é uma cidade emblemática para o PT?
Filippi – O PT mudou a realidade de Diadema e por mais que uma elite da cidade ou até mesmo gente que não vive Diadema tente falar o contrário, a história está aí para atestar o que estou falando. Até 1982, Diadema era uma cidade centrista, que olhava somente para uma pequena classe média e alta moradora do Centro. Diadema acolhia gente de todo canto deste País para tentar a sorte nas empresas que abriam no Grande ABCD, mas essa gente não era vista pelo poder público municipal. O PT inverteu essa lógica. As pessoas discutiam os investimentos, o orçamento, os passos seguintes de Diadema. Diadema avançou assim, com participação popular, ouvindo sua gente. Outro legado que destaco é a régua de exigência dos nossos cidadãos. As pessoas que moram em Diadema sabem o que querem – e não querem o básico. Por isso avançamos com projetos como o CEU, a maior obra educacional do Grande ABCD. A mãe e o pai de estudante que utilizar o CEU vai ter um equipamento de primeira qualidade e logo vai exigir que outras áreas da cidade tenham esse mesmo padrão. É assim que uma cidade avança de fato.
Folha – Como continuará a sua trajetória política? Poderá compor junto ao governo do presidente Lula?
Filippi – Eu continuo morador de Diadema, cidade que há quase 40 anos escolhi para viver, para trabalhar, para constituir minha família com a Inês Maria e ter nossos filhos Pedro e Lucas. Eu amo essa cidade e tenho um orgulho enorme de ter contribuído para o crescimento de Diadema. Meu futuro concreto é ser morador de Diadema, torcendo para sua me-lhoria e, como cidadão, cobrar os avanços da nossa cidade.
Folha – Qual o presente gostaria de dar para Diadema neste ani-versário de 65 anos?
Filippi – Na verdade, Diadema é uma cidade que ensina muito o nosso país. Essa cidade se construiu muito pela resistência e perseverança de sua gente. Nada em Diadema foi fácil. Antigas favelas viraram núcleos habitacionais consolidados graças à luta de muita gente, nos mutirões de habitação dos anos 80 e 90. Vários equipamentos foram construídos por intensa batalha dos moradores. Essa é a essência de Diadema, e é um presente que essa cidade dá a todo o País, de como construir coletivamente um lugar melhor para todos.
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