Saúde

Diadema inicia demolição do Paço Municipal

Diadema deu o primeiro passo para construção do novo Hospital Municipal. Nesta terça (28), foi iniciado o processo de demolição do Paço Municipal, espaço que irá abrigar o novo equipamento de saúde.

O ato de início contou com a presença do prefeito José de Filippi Júnior, da vice-prefeita Patty Ferreira, dos secretários de Governo, Mario Reali, de Obras, Luiz Carlos Theophilo, de Planejamento e Gestão de Diadema, Fatinha Queiroz, e de Saúde, Zé Antônio.

De acordo com o prefeito Filippi, a construção do novo hospital é um desejo de mais de 20 anos. “No final do meu 3º mandato, em 2008, nós já sabíamos da necessidade de um novo hospital. E quando chegamos em 2021, não tinha esse projeto. Começamos do zero e fomos identificando os locais. Hoje, temos a conclusão de uma etapa que teve quase três anos de dedicação, de trabalho e estudos de áreas disponíveis para receber esse novo hospital. Chegamos à conclusão de que o Paço Municipal era o melhor local. Foram dezenas de reuniões”, afirmou Filippi.

O prefeito ressaltou a importância do apoio do Governo Federal para a construção do novo hospital. “Sem o apoio do Governo Federal, não teríamos jamais a possibilidade de ter um hospital construído em três anos”, disse.

O custo da obra será de R$ 320 milhões, sendo R$ 290 milhões por meio de repasses do Governo Federal. “A Prefeitura tem que dar conta de R$ 30 milhões ao longo desses três anos e isso é viável. Então para nós hoje é um grande dia”, revelou Filippi.

“Um sonho que começa a se tornar realidade. Em 2021, um ano difícil, de pandemia, Filippi começou a sonhar, desenhar, primeiro a ter o terreno, depois o projeto e hoje, esse ato que marca o início desse sonho, que se torna realidade”, afirmou o secretário de saúde de Diadema, Zé Antônio.  

O novo Hospital Municipal terá 12 andares, com 212 leitos, incluindo unidades de terapia intensiva adulta, pediátrica e neonatal, além de centro de diagnóstico, cirurgia, ortopedia, obstetrícia, saúde mental e emergência. “Haverá mais espaços para tecnologia, conforto para os cidadãos e pacientes. Além de espaço especial para enfermeiros, enfermeiras atendentes e todos os profissionais. Queremos cuidar bem, de quem cuida de gente”

De acordo com o prefeito, o custeio do hospital será de R$ 220 milhões por ano. “Não temos condições de manter. Mas teremos ajuda do SUS”, afirmou.

Hospital Escola –  Na ocasião, o prefeito Filippi revelou que a ideia é transformar o novo Hospital Municipal em Hospital-Escola. “Estamos conversando com o Ministério da Educação, com a UFABC, com a Ministra da Saúde e com o presidente Lula. Vamos trazer uma faculdade de Medicina e uma de Enfermagem aqui para Diadema, para podermos fazer desse hospital, um hospital escola”, disse.

O prefeito comentou da dificuldade que o País enfrenta para arrumar médicos que desejam atuar no SUS. “Muitos médicos têm um desejo de futuro e de carreira que muitas vezes não coincide com a demanda do SUS. São médicos que querem fazer mestrado, especialização, trabalhar em grandes centros, com seus próprios consultórios. Enfim, ter um nível de renda que ainda não conseguimos manter no SUS”, afirma. Filippi ressaltou a importância de buscar mais formação de médicos. “Nós temos muita dificuldade em arrumar novos médicos. Precisamos formar médicos para área da atenção básica, ter residência. Não temos nenhuma faculdade pública aqui no ABC. Por isso, estamos trabalhando para Diadema ter um curso da Universidade Federal do ABC na área de Medicina. Precisamos da área da Saúde. Isso conversando, é coisa para dois, três anos, não para o ano que vem”, completou.

Projeto – O projeto do novo hospital foi elaborado pelo arquiteto Carlos Ianaze, especialista em projetos de equipamentos hospitalares. Segundo o prefeito Filippi, todos os leitos terão janelas. “O projeto é maravilhoso do ponto de vista da humanização, respeito ao meio ambiente e ao parque. Todos os pacientes conseguirão saber se é dia, noite, se está chovendo. Todos os leitos terão janelas”, afirmou.