Fabio Picarelli Opinião

Eleições 2024 x Meio Ambiente

   Enquanto o mundo discute como frear o aquecimento global, no Brasil o tema em destaque é a eleição para prefeito, vice e vereadores nos mais de cinco mil municípios.

   É justamente durante as campanhas eleitorais que devemos traçar as metas para os próximos quatro anos. A discussão sobre o meio ambiente é tão essencial quanto a saúde, educação, habitação, mobilidade urbana e demais assuntos.

   Cada cidade precisa fazer a sua parte. O conjunto pode resultar em um planeta com qualidade de vida bem melhor, mais sustentável e equilibrado.

   Todos os candidatos devem se comprometer em promover campanhas limpas, sem poluição visual ou ambiental. E a primeira providência é não espalhar o material de campanha nas ruas. Quando descartados inadequadamente, os santinhos, panfletos e adesivos entopem bueiros e causam a poluição de rios e mares.

   Ainda que a legislação eleitoral reprove a sujeira nas vias públicas em respeito ao eleitor, os atos dos futuros governantes devem ser fiscalizados pelo povo.

   Infelizmente os extremos climáticos estão cada dia mais perto de nós. Ondas de calor e frio, ventos fortes, chuvas torrenciais, inundações e deslizamentos já fazem parte do cotidiano. Os futuros governantes precisam debruçar sobre os programas que podem ser implementados nesse sentido, seja em caráter regional ou em conjunto com outras esferas. No caso do ABC, o Consórcio Intermunicipal é o caminho mais acessível para essa integração.

   O Instituto Trata Brasil lançou em julho passado o projeto “O Saneamento na Agenda Eleitoral de 2024” com o objetivo de informar e conscientizar candidatos e eleitores. O site https://tratabrasil.org.br/painel-saneamento-brasil/ detalha os impactos do saneamento básico na vida das pessoas e no desenvolvimento econômico, social e sustentável das cidades.

   O Painel do Saneamento traz ainda dados atualizados de cidades com mais de 50 mil habitantes. Os mais de 748 mil habitantes de Santo André têm acesso à água tratada e a coleta de esgoto; e 47,9% têm esgoto tratado em comparação à água consumida. O investimento em 2022 superou R$ 102 milhões.

   Em diversas cidades a Justiça Eleitoral reforça o compromisso com a sustentabilidade. A sede do Tribunal Superior Eleitoral de Brasília é uma referência. Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o prédio possui iluminação LED; automação e controle de energia; sistemas de sanitários a vácuo que economizam até 90% de água; e coleta seletiva com separação de resíduos.

   Faça como o grupo Plantar Hoje para Colher Amanhã e envie sugestões aos candidatos para preservar o meio ambiente.

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