
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, esteve no ABC, nesta sexta (31) de outubro.
Em São Bernardo, na fábrica Anchieta da Volkswagen do Brasil, participou do anúncio do aporte de R$ 2,3 bilhões do BNDES para impulsionar o desenvolvimento dos modelos híbridos e a exportação da montadora.
“Estamos aqui, hoje, para comemorar essa parceria, de longa data que temos com o BNDES, também com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), de R$ 2,3 bilhões ajudando a fazer esse desenvolvimento de produtos acontecer, ajudam a engenharia, a eletrificação, os híbridos e para a exportação”, disse Ciro Possobom, presidente & CEO da Volkswagen do Brasil.
Possobom também anunciou que em 2026, todos os novos modelos Volkswagen, desenvolvidos e fabricados na América do Sul, terão versões eletrificadas. “O que a gente quer é democratizar, cada vez mais, as tecnologias para as pessoas, sempre mantendo a segurança, a conectividade e tudo que auxilia a condução”, revelou.
Outra novidade é a confirmação de uma nova plataforma, a MQB37. “Trazemos essa nova plataforma com tudo o que há de melhor em tecnologia do grupo Volkswagen para nossos clientes, sendo feita aqui na fábrica Anchieta, em São Bernardo.É a Volkswagen entrando com força na eletrificação”, anunciou.
Já o chairman executivo da Volkswagen Região América do Sul, Alexander Seitz, pontuou a boa fase da Volkswagen no cenário mundial. “Estamos investindo R$ 20 bilhões na América do Sul, sendo R$ 16 bilhões no Brasil até 2028. Temos o lançamento de 21 carros novos para a região, sendo 10 já lançados”, ressaltou.
No cenário nacional, Alckmin destacou que a exportação de veículos cresceu mais de 40% e falou sobre o avanço das parcerias do Mercosul até o final do ano. “No Mercosul, entrou o quinto país, a Bolívia. Depois de 13 anos, o primeiro acordo feito com Singapura no ano retrasado, Mercosul e Singapura. Este ano, Mercosul e a EFTA (Associação Europeia de Livre Comércio), os quatro países de maior renda per capta do mundo (Noruega, Suíça, Liechtenstein e Islândia) e até o fim do ano Mercosul e União Europeia, também, já bem adiantado, Mercosul e Emirados Árabes”, afirmou.
O vice-presidente ainda revelou que, até o final do ano, o custo Brasil deverá ser reduzido em R$ 40 bilhões por ano, com os incentivos do Portal Único de Comércio Exterior (iniciativa do governo federal para simplificar a importação e exportação). “Até o fim do ano fechamos o Portal Único, um só portal para exportação e importação. Isso deve reduzir em R$ 40 bilhões por ano o custo Brasil. Um dia, uma carga parada no porto custa 0,8% da carga. O Portal Único desburocratiza, simplifica e reduz custos”, enfatizou.
O presidente do BNDES, Mercadante, reforçou que a indústria automotiva é “decisiva” no processo de neo-industrialização, que essa é a visão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e mencionou os desafios para o desenvolvimento da indústria automotiva nacional. “Para fortalecer a indústria automotiva no Brasil temos grandes desafios: uma rota tecnológica própria, que não é o fóssil e não é o elétrico. O futuro para o Brasil é o híbrido, porque vai ter mais autonomia e a infraestrutura está toda pronta dos postos”, disse.
INVESTIMENTOS EM SÃO BERNARDO
O presidente & CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, revelou à Folha que “boa parte” do total do novo investimento será destinada à fábrica Anchieta, em São Bernardo. “A Volkswagen investiu R$ 16 bilhões, R$ 2,3 bilhões de financiamento tanto para a parte de eletrificação, de segurança de ADAS (Sistema Avançado de Assistência ao Condutor), auxílio à condução, mas também tem muita ajuda à exportação. Fizemos isso para todas as plantas, claro que grande parte desse investimento está sendo feito aqui que é a base da Volkswagen na América Latina, toda a engenharia. Então, boa parte do investimento vem para São Bernardo”, revelou.
















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