Um dos meios de pagamento mais usado pelos brasileiros, o cartão de crédito, levou o país a registrar o maior patamar em dívidas na modalidade em oito anos. O “rotativo”, acionado quando o consumidor não paga a fatura completa do cartão até a data de vencimento, registrou R$ 159,3 bilhões em novos empréstimos no primeiro semestre do ano. O valor é o maior nível registrado no período desde 2014, segundo dados do Banco Central (BC). O cartão de crédito rotativo é a linha de crédito mais cara do mercado, onde os juros chegam a 370,4% ao ano. O BC afirmou, em ata da reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (CEF), publicada, na quinta (8), que o crescimento do crédito em modalidades com maiores riscos indica tendência de aumento da inadimplência. Segundo levantamento da Serasa eCred, uma das maiores dívidas do brasileiro é com o cartão de crédito, de jovens de 25 a 35 anos, com renda de um a dois salários mínimos e gasto mensal de R$ 3 mil.
Boas novas
Um fôlego para os brasileiros. A deflação foi sentida em todas as faixas de renda no mês de agosto, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na terça (13). Para as famílias de baixa renda, o indicador foi de -0,12% e para os brasileiros com renda alta a variação foi de -0,51%. Para a população de renda alta e média-alta, o impacto foi percebido principalmente no transporte, com queda de 11,6% na gasolina, 8,7% no etanol e 12,1% nas passagens aéreas. Já as famílias de renda muito baixa e baixa, o alívio veio da redução de 1,3% na tarifa de energia elétrica. De acordo com o Ipea, a deflação não foi maior para os mais pobres devido ao aumento de 2,7% nos itens de higiene pessoal.
Renda volta a crescer
Depois de dois anos, o rendimento real do trabalhador brasileiro voltou a crescer, chegando a R$ 2.693 no trimestre encerrado em julho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dado divulgado no último dia (31) de agosto. O valor é 2,9% maior que o registrado no trimestre anterior, e 2,9% menor que no mesmo período de 2021.