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Estado de SP tem maior salário médio de admissão do país, mostra Caged

O estado de São Paulo tem o maior salário médio de admissão do país, mostra o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.

Além disso, São Paulo tem rendimento médio maior que a média nacional, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE.

Segundo o Caged, o salário médio de admissão em março foi de R$ 2.361,24, enquanto no Brasil ficou em R$ 2.081,50. O estado de São Paulo teve ainda o maior salário maior de admissão entre todas as Unidades da Federação. O aumento foi de 0,84% em relação a fevereiro.

Já de acordo com o IBGE, enquanto no Brasil o rendimento médio foi de R$ 3.032 no quarto trimestre de 2023, no estado de São Paulo ficou em R$ 3.718, 22,6% maior que a média nacional e maior rendimento desde o primeiro trimestre de 2021. Além disso, o rendimento de São Paulo foi maior que a média do Sudeste (R$ 3.430). Entre as 27 Unidades da Federação, São Paulo teve o segundo maior rendimento.

Em todo o ano de 2023, o rendimento anual vindo do trabalho foi de R$ 3.592 no estado de São Paulo, também maior que o do Brasil, que ficou em R$ 2.979 – diferença de 20,5%. Em relação às outras Unidades da Federação, o estado teve a terceira maior renda do país.

Quando se leva em conta os rendimentos de todas as fontes de renda, como aposentadoria, pensão, Bolsa Família, aluguel, pensão alimentícia e mesada, São Paulo registra renda de R$ 2.414, novamente maior que a do Brasil, que ficou em R$ 1.848 – diferença de 30,6%. Nesse caso, o estado fica na vice-liderança, abaixo apenas do DF. Além disso, o valor de R$ 2.414 é o maior da série histórica do IBGE, iniciada em 2012.

“A reindustrialização, acoplada aos processos de alavancagem dos pequenos e médios negócios, está contribuindo para os resultados positivos. Além disso, medidas de desburocratização e melhoria no ambiente de negócios movimentam a economia com atração de novos investimentos impulsionando a geração de emprego e renda”, afirma Jorge Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de SP.

Dados da Fundação Seade mostram que o bom desempenho do rendimento no estado de São Paulo está atrelado ao alto número de empregos criados nos últimos anos. O estado representa 27% dos empregos formais do país, com estoque de 14 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Em 2023, foram criadas 391 mil novas vagas, nos setores de serviços, indústria, comércio e agropecuária.

Em março, foram criadas 76.941 vagas com carteira assinada no estado de São Paulo, segundo o Caged – o maior saldo entre todas as Unidades da Federação (UFs). As vagas de trabalho geradas representaram 31,5% dos empregos criados no país no período (244.315).

O setor de Serviços foi o maior gerador de vagas, seguido da indústria: 

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: 1.205
Indústria geral: 13.716
Construção: 7.644
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas: 7.924
Serviços: 46.451

De acordo com a Fundação Seade, o estado de SP concentra o maior número de trabalhadores devido ao tamanho e diversidade da sua economia, com maior presença nos setores mais dinâmicos e inovadores, como indústria de transformação, serviços de informação e comunicação, atividades financeiras, seguros e serviços relacionados, além de sua sociedade.

No acumulado de 12 meses, São Paulo também lidera entre as UFs, com 458.438 novos postos de trabalho, o que representa 28% do total de 1.647.505 empregos criados no país.

Os desempenhos mais expressivos no período ocorreram na capital e nas cidades de Guarulhos, Campinas, Sorocaba e São José dos Campos (total de 204.706 vagas), que responderam por 45% dos empregos gerados em todo o território paulista.

Veja as 50 cidades de SP com maior saldo de vagas nos últimos 12 meses:

São Paulo: 156.486
Guarulhos: 16.319
Campinas: 14.245
Sorocaba: 8.968
São José dos Campos: 8.688
São Bernardo do Campo: 7.995
Ribeirão Preto: 7.633
Santo André: 7.176
Santos: 6.772
Barueri: 6.422
Mogi das Cruzes: 6.379
Paulínia: 5.024
Piracicaba: 4.944
Cotia: 4.915
São José do Rio Preto: 4.854
Cajamar: 4.381
Taubaté: 4.205
Mauá: 4.090
Indaiatuba: 3.767
Osasco: 3.706
Sertãozinho: 3.614
Jundiaí: 3.604
Bauru: 3.580
Presidente Prudente: 3.450
Santana de Parnaíba: 3.409
Praia Grande: 3.095
Botucatu: 3.077
Lençóis Paulista: 3.057
Sumaré: 3.013
Diadema: 2.594
Itaquaquecetuba: 2.549
Araçatuba: 2.483
Taboão da Serra: 2.341
Santa Bárbara D’Oeste: 2.141
Limeira: 2.127
Jaboticabal: 2.040
Marília: 1.996
Rio Claro: 1.889
Lins: 1.826
Itapecerica da Serra: 1.753
Barretos: 1.737
Mogi-Guaçu: 1.718
Itupeva: 1.661
Jaguariúna: 1.651
Bragança Paulista: 1.627
Suzano: 1.626
São Carlos: 1.596
Mogi-Mirim: 1.564
Cabreúva: 1.562
Araraquara: 1.560

Taxa de desemprego – O estado de São Paulo registrou a menor taxa de desemprego em 9 anos em 2023. Com isso, a economia paulista voltou ao índice registrado em 2013: de 7,5%.

O desemprego paulista foi menor que a média nacional, que ficou em 7,8% no ano passado. São Paulo teve ainda o maior contingente de empregados com carteira assinada em 2023 (11,4 milhões).

No país, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado foi de 37,7 milhões de pessoas, atingindo o ponto mais alto da série iniciada em 2012 pelo IBGE. Ou seja, São Paulo respondeu por cerca de 30% dos trabalhadores com carteira assinada no país. Teve ainda o maior percentual de ocupação no país em 2023 entre todos os estados, com 24,3% do total de ocupados.

 

Foto: Governo SP