Programa tem como objetivo promover a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e melhorar as condições de trabalho e possibilitar o crescimento profissional
Nesta quarta (13), o Secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), Marcos da Costa, anunciou a incorporação da cidade de Mauá ao Programa Meu Emprego Inclusivo. O evento, que ocorreu na prefeitura do município na presença do prefeito Marcelo Oliveira, torna Mauá integrante do Polo de Empregabilidade Inclusiva (PEI).
O programa tem como objetivo promover a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e melhorar as condições de trabalho e possibilitar o crescimento profissional. Isso ocorre por meio do método Emprego Apoiado, que coloca equipes especializadas para acompanhar os trabalhadores com deficiência, fornecendo suporte de forma individualizada.
Em Mauá, a ação será coordenado pelas secretarias municipais de Proteção e Defesa da Pessoa com Deficiência, além das secretarias de Trabalho, Renda e Empreendedorismo.
O município se torna mais uma das cidades que contém o Polo de Empregabilidade Inclusiva, que também está presente em cerca de outras 20 cidades no Estado de São Paulo.
Em entrevista à Folha, o secretário Marcos da Costa especificou o trabalho de acolhimento do programa em relação as pessoas com deficiência.
“O acolhimento se dá de várias formas. As pessoas que não possuem currículo, nós ajudamos a prepará-lo. Da mesma forma, também ajudamos com a emissão de documentação ou até para quem não tenha o laudo que comprove a deficiência, nós também fornecemos. Além disso, também fornecemos cursos, a depender do emprego desejado. Fazemos o possível para que todas essas pessoas possam entrar de forma bastante digna no mercado de trabalho”, disse.
O secretário também ressaltou a importância do diálogo com as empresas como parte importante do programa. “As empresas muitas vezes não contratam pessoas com deficiência, ou querem ‘escolher um tipo específico de deficiência’ para contratar. Esse é o lado mais legal do PEI, porque muda a visão de muitas empresas. Muitas enxergam como um gasto a mais, quando na verdade não é. É, acima de tudo, investimento. Quando se constrói uma estrutura, uma rampa que melhore a acessibilidade dessas pessoas, não estamos falando de despesa, mas de investimento. A empresa não contrata a deficiência, contrata a pessoa”.
Na ocasião, o prefeito Marcelo Oliveira relembrou seu histórico sindical e disse que muitas empresas não respeitam a Lei de Cotas para funcionários PcD. Marcelo ressaltou a importância dessas iniciativas no suporte das pessoas com deficiência.
“Se tem uma coisa que é difícil de ver nas empresas é o cumprimento dos 5% de vagas para pessoas com deficiência. Eu fui representante do sindicato e muitas vezes tentam encaixar pessoas que tiveram acidentes na própria empresa nessas vagas ou coisas do gênero. Então, é importante que haja uma fiscalização firme dos governos federal, estadual e municipais. Eu diria até que se todas as empresas cumprissem os 5% obrigatório, não teríamos nenhuma pessoa deficiente desempregada”, afirmou o prefeito.
“Hoje, já é possível identificar ao menos 1.424 pessoas com deficiência cadastradas na Casa do Trabalhador de Mauá que não conseguem emprego, mesmo com vagas sendo oferecidas semanalmente — número que representa um potencial imediato de atendimento pelo Polo de Empregabilidade Inclusiva (PEI) no município”, completou.
O importante anúncio também contou com a presença do secretário de Proteção e Defesa da Pessoa com Deficiência, Samuel Enfermeiro, da presidente do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência, Ariani Queiroz Sá, o Presidente da Câmara Municipal de Mauá, Juninho Getúlio, vereadores, representantes de entidades ligadas à causa PCD e lideranças locais.
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