O governador João Doria acaba de anunciar, nesta sexta (23) de outubro, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, junto ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), novas informações sobre a vacinação contra o coronavírus.
Doria, que esteve em Brasília, na quarta (21), em reunião com o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, disse que ele lhe garantiu que a Anvisa não vai se submeter a nenhum tipo de pressão, seja do Palácio do Planalto, ideológica, política, partidária ou eleitoral. “Tenho certeza que a Anvisa continuará no caminho de autonomia e independência. A vacina é uma proteção à vida e direito de todos os brasileiros. É o único caminho para a retomada total da economia, do ensino presencial, dos eventos de grande público, do turismo e a volta à normalidade”, afirmou.
Maia, que cancelou a reunião com Doria, em Brasília, na quarta (21), por conta de uma indisposição, revelou que estava com uma virose e que “de forma nenhuma” deixaria de receber o governador em Brasília. “Nossos partidos são aliados desde o governo do (ex-presidente) Fernando Henrique Cardoso. Não poderia deixar que passasse alguma informação que estaria simulando alguma indisposição para não estar com o senhor ou por não estar apoiando o seu governo. Torço para que possamos construir novas soluções pelos caminhos do diálogo. Tenho certeza que com a vacina, quando os testes da vacina do Butantan estiverem aprovados e autorizados pela Anvisa, consigamos, com diálogo com o presidente da República, com o Ministério da Saúde, cujo diálogo já existe, e com o Congresso Nacional, possamos autorizar, não apenas essa vacina, mas todas as vacinas que forem aprovados”, enfatizou.
Doria revelou ainda que São Paulo não tem preconceito com ninguém, com nenhum País, com nenhuma nação, com nenhum povo. “Lembro também que 84% da importação de todos os medicamentos do Brasil vêm da China. Inclusive que a maior parte dos insumos da vacina de Oxford é de origem chinesa. Portanto, a discriminação em relação à vacina chinesa, aos produtos chineses, aos chineses de forma geral, que o presidente Jair Bolsonaro insiste em pontuar não é a posição do governo de São Paulo”, disse.
Também foi anunciado a criação de seis novos centros de testagem da CoronaVac sobre a supervisão do Instituto Emílio Ribas, que pertence ao Hospital das Clínicas da USP. Quatro deles serão instalados na periferia de São Paulo, onde a taxa de contaminação tem se mostrado maior que nos bairros centrais da cidade. Os outros dois centros ficarão no ABC, que já tem a Universidade Municipal de São Caetano (USCS) como local de aplicação dos testes. O objetivo é ampliar o número de profissionais de saúde que atuam como voluntários na pesquisa CoronaVac. Até agora, 9.039 pessoas participam dos estudos clínicos da vacina. Com os novos centros, a testagem será ampliada para 13 mil voluntários em 22 locais de pesquisa.
Também participaram os secretários estaduais, de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen; de Saúde, Jean Carlo Gorinchteyn; Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi; ao coordenador e ao secretário-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, respectivamente, José Osmar Medina e João Gabbardo dos Reis e da procuradora-geral do Estado, Maria Lia Pinto Porto Corona e da subprocuradora geral, Camila Kühl Pintarelli.