EUA isenta tarifas de 40% sobre produtos brasileiros

Medida foi celebra pelo setor produtivo e contempla carne, café, frutas e outros produtos agrícolas

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump, na quinta (21), assinou decreto que suspende as tarifas de 40% para uma série de produtos agropecuários importados do Brasil.

Com a medida, estarão isentos de tarifa vários tipos de carne, café e várias frutas (como, por exemplo, manga, coco, açaí, abacaxi). A suspensão de tarifas é retroativa e vale para as mercadorias que chegaram aos Estados Unidos a partir do dia 13 de novembro, data que coincide com o dia da última reunião entre o Ministro Mauro Vieira e o Secretário de Estado Marco Rubio em Washington, onde foram discutidos meios de avançar nas tratativas bilaterais para a redução das tarifas sobre os produtos brasileiros.

No documento publicado pela Presidência dos EUA, Trump afirma que a decisão foi tomada após conversa por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde teriam concordado em negociar as tarifas. De acordo com o presidente americano, a decisão foi tomada com base em “recomendações adicionais” da equipe de governo, avanço das negociações com os brasileiros e a demanda interna.

O anúncio da isenção repercutiu no setor produtivo brasileiro. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) afirmou, em nota, “desfecho construtivo e positivo”, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) disse “presente de Natal antecipado”. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a medida como “avanço concreto” e a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) definiu como “muito positiva”.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota divulgada, afirmou: ”O governo brasileiro reitera sua disposição para continuar o diálogo como meio de solucionar questões entre os dois países, em linha com a tradição de 201 anos de excelentes relações diplomáticas. O Brasil seguirá mantendo negociações com os EUA com vistas à retirada das tarifas adicionais sobre o restante da pauta de comércio bilateral”.