O País dispõe hoje 9 computadores para cada 10 habitantes. Ou seja, uma disponibilidade de 90 máquinas para cada 100 habitantes. Esse é um dos dados constantes do estudo coordenado pelo professor Fernando Meirelles da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV EAESP). O trabalho contempla, entre outros aspectos, o volume de vendas de computadores, tablets, telefones e TVs no Brasil e no mundo, assim como os gastos e investimentos em TI e a evolução e tendências do mercado de software.
A quantidade de computadores em uso no Brasil também nos oferece um dimensionamento da importância dessa tecnologia”, diz o prof. Meirelles. Para ele, existem atualmente 190 milhões de computadores em uso no País, entre desktops, notebooks e tablets.
A pesquisa mostra também que hoje, para cada televisor vendido, são vendidos quatro celulares. Essa mesma relação prevalece praticamente no Brasil, nos Estados Unidos e no mundo. Conforme esse e outros resultados divulgados, comprova-se o impacto do processo de Transformação Digital das empresas e da sociedade.
Esses dados integram a 31ª Pesquisa Anual do FGVcia, estudo anual que apresenta um amplo retrato do mercado de Tecnologia de Informação (TI) com base em uma amostra de 2.622 empresas, entre médias e grandes.
O mercado de TI tem muito a ver com os resultados da privatização das telecomunicações. Diferentemente do que previam os defensores do antigo monopólio estatal da antiga Telebrás, o País dispõe hoje de dados que mostram os resultados altamente positivos do novo período de desenvolvimento setorial ocorrido a partir do leilão realizado no dia 29 de julho de 1998.
Naquela época, por puro interesse político-ideológico, os defensores do monopólio estatal sempre repetiam que o Brasil havia privatizado suas telecomunicações “a preço de banana” – tese que jamais se dispuseram a discutir publicamente.
Um dos princípios que devem nortear toda ação pública tem muito a ver com o ensinamento bíblico de que “uma árvore deve ser julgada por seus frutos.” Se aplicarmos esse mesmo critério na avaliação dos resultados da privatização das telecomunicações, ocorrida no dia 29 de julho de 1998, veremos que seu saldo foi largamente positivo.
Num balanço sucinto das telecomunicações brasileiras nos últimos 22 anos, podemos avaliar o extraordinário impacto da abertura do mercado de telecomunicações, tanto para o próprio setor como para a economia do País. Com a privatização, o Brasil atraiu um volume de investimentos superior a R$ 1 trilhão. Sim, 1 trilhão de reais. Ou quase 250 bilhões de dólares. (Continua)