Não tenho palavras para explicar o sucesso estrondoso do Festival de Inverno de Paranapiacaba (FIP 2025). A 24ª edição bateu o recorde de público, com 270 mil visitantes nos dois finais de semana de julho: 19 e 20, 26 e 27. Tínhamos a expectativa de superar os 225 mil em 2024, mas ultrapassamos a cota em 45 mil, o que é surpreendente.
Independente dos números, tem razão o prefeito Gilvan Ferreira quando diz que por si só a Vila é a principal atração. O restante faz parte de um contexto de variedades.
Em meio a um cenário místico e tradicional, Paranapiacaba é um misto de natureza, história, cultura e popularidade. As antigas casas de madeira em estilo inglês e uma densa neblina que chama a atenção são apreciadas pelos turistas em qualquer época do ano. E faz a diferença no FIP, tornando o espaço sem igual.
Ali encontramos famílias e amigos de diversas localidades, de todas as idades e origens. O pequeno distrito de Santo André, de apenas 84 Km², é aberta ao mundo em busca do reconhecimento de se transformar em patrimônio da humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura).
O FIP é, sem dúvida, o maior evento anual da Vila. Todo ano apresenta alguma novidade. Os mais recentes foram o campo de futebol em 2023 e o Cine Lyra em 2024. Neste ano foi a inauguração do Gabinete Histórico instalado na sede administrativa da Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense. O espaço possui mobília e objetos originais da época da construção da ferrovia Santos-Jundiaí pela empresa britânica São Paulo Railway Company a partir de 1860, além de troféus e documentos como o pré-contrato da compra da parte baixa da Vila pela Prefeitura de Santo André, o último ato do prefeito Celso Daniel antes da morte, em 20 de janeiro de 2002.
A respeito dos troféus, há de se ressaltar um momento inesquecível: a vitória por 2 a 1 do time do Serrano contra o Corinthians, em jogo disputado no campo de Paranapiacaba em 1925.
O Festival de Inverno atrai muita gente também por outros motivos. A gastronomia é uma delas. São pratos salgados e doces, lanches e bebidas artesanais que foram comercializados pelos 35 foodtruks espalhados em três praças de alimentação e pelo comércio local. Destaque para as guloseimas típicas a base de cambuci, fruto símbolo da região.
Outra motivação é a atração cultural. Não faltaram opções para todos os amantes da música, da dança, do teatro ao ar livre, da literatura e das contações de estórias. Os shows de hip hop, reggae, rock, samba, MPB foram todos animados por artistas regionais, uma forma de prestigiar aqueles que têm suas raízes no ABC. Por sinal, o FIP mantém esse objetivo desde a primeira edição, em 2001.
Com tanta gente passeando pela Vila, inovamos também na limpeza. Nesta temporada implantamos o pegador de objetos para que os papéis não ficassem espalhados pelas vias. Cuidar da zeladoria foi uma das principais preocupações. Realizamos diariamente serviços de roçagem, nivelamento do solo, capinação, pintura de equipamentos para garantir a segurança e bem-estar do público. É um trabalho que não para nunca!
Todo esse sucesso não seria possível se não tivesse uma equipe centrada e engajada no projeto. Foram meses de preparo. Quero agrade-cer a dedicação e o esforço de todos. Graças a Deus, foram quatro dias intensos sem qualquer incidente.
O FIP 2025 chegou ao fim, mas vem muito mais por aí nos próximos meses!
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