O Brasil inteiro deplorou e ainda vai deplorar por muito tempo o desastre que o fogo causou com a destruição de mais de duzentos anos de nossa História: o incêndio no Museu Nacional, na Quinta da Boa vista, no Rio de Janeiro, nos últimos dias de agosto deste ano de 2018. Houve, como sempre ocorre em situações como essa, as lamentações de todos nós – especialmente das autoridades do Estado – quase todas omissas na tarefa de cuidar, com o zelo necessário, do Patrimônio Histórico abrigado em nossos museus. Vale lembrar: nosso Museu do Ipiranga em São Paulo, fechado há anos, à espera de reformas, poderá ser a próxima vítima dessa lamentável desídia do poder público em relação à nossa cultura e ao nosso patrimônio histórico. Significativamente, o fato ocorreu quando mais acesa e intensa, se desenvolve a campanha política para as eleições de outubro deste ano. Não sobra tempo para que nossas autoridades tratem de cuidar de assuntos sérios, além da disputa política pelo poder. É curioso anotar que a Universidade Federal do Rio, tem sua administração atual compartilhada por partidos da extrema esquerda como o PSOL e PC do B. Havia ainda falta de água para combater as chamas devoradoras quando o presidente Michel Temer divulgou nota oficial lamentando o óbvio: “Incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Hoje é um dia trágico para a museologia de nosso país. Foram perdidos duzentos anos de trabalho, pesquisa e conhecimento. O valor para nossa história não se pode mensurar pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império.
Só o prédio ? Disso todos nós sabemos. É com o chorar sobre leite derramado. Foi o máximo que o atual governo do Brasil conseguiu afirmar. Lamentável.