A Fundação Santo André, por meio do recém-criado Escritório de Assistência Jurídica Prof. Álvaro de Azevedo Marques Júnior, estuda a criação do Observatório Internacional do Tráfico de Mulheres. O projeto deve acontecer em parceria com o COEPP (Centro de Orientação Educacional, Profissional e Psicológico), também da instituição. O novo observatório será composto por alunos e estes serão supervisionados por professores da Fundação.
A informação acerca do Observatório Internacional sobre Tráfico de Mulheres foi anunciado pelo coordenador do Curso de Direito, Prof. Luís Carlos Pileggi Costa. “Trata-se de um projeto arrojado, em parceria com a Universidade de Coimbra. Estamos elaborando este trabalho em conjunto, Brasil/Portugal”, revelou.
Preocupação – Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o tráfico humano é a terceira modalidade criminosa mais lucrativa do mundo, ultrapassada apenas pelo tráfico de armas e de drogas. O lucro anual chega a quase 32 bilhões de dólares. Entre as vítimas, 85% são mulheres, sendo a maioria delas para fins de exploração sexual. A faixa etária predominante está entre 18 e 29 anos e adolescentes. Há registro de tráfico de crianças, sendo a maioria do sexo feminino. Também existe o tráfico de homossexuais e travestis jovens. A maioria das pessoas traficadas é pobre e com baixa escolaridade. Na rede de aliciadores, 55% são mulheres.
