
Começou na terça (27), no Distrito Anhembi, em São Paulo, a Fispal Food Service 2025, maior feira de alimentação fora do lar da América Latina. Um dos grandes destaques desta edição é o Pavilhão Italiano, que celebra a excelência agroalimentar da Itália com a participação de treze empresas expositoras e degustações. O evento segue até sexta (30) de maio,
Coordenado pela ICE – Agência para a promoção no exterior e a internacionalização das empresas italianas | Departamento para a promoção de intercâmbios da Embaixada da Itália (Italian Trade Agency – ITA), o Pavilhão do país europeu reforça a conexão histórica e cultural entre Itália e Brasil.
Dos vinagres balsâmicos de Modena aos tomates San Marzano cultivados às margens do Vesúvio, passando pelas farinhas artesanais, azeites premiados, queijos tradicionais como o Fiordilatte, massas orgânicas e pizzas napolitanas feitas ao vivo, o espaço vai oferecer uma verdadeira imersão na tradição e na inovação da cozinha italiana.
A gastronomia italiana, presente de norte a sul do Brasil, influenciou profundamente a culinária nacional. Mais do que receitas, os imigrantes trouxeram tradições que se integraram ao cotidiano brasileiro: o hábito de reunir a família em torno da mesa, o cuidado com os ingredientes, o preparo artesanal e o prazer de compartilhar. Massas, pizzas, molhos, queijos, embutidos, pães, vinhos e o inseparável café espresso se tornaram protagonistas da mesa brasileira, ganhando versões locais.

Essa herança também é sentida em restaurantes e hotéis, nos quais a culinária italiana é sinônimo de sofisticação, acolhimento e sabor. Nos cardápios, a tradição do país europeu se reinventa com técnicas refinadas e ingredientes de excelência, conquistando hóspedes e chefs em busca de experiências autênticas, conquistando paladares, mas também impulsionando negócios.
A participação italiana na feira ocorre em um momento simbólico. A culinária italiana pode se tornar, em dezembro desse ano, Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. Se conquistar o título, a gastronomia do país europeu se tornará a primeira tradição gastronômica nacional a receber esse reconhecimento. A proposta apresentada pela Itália destaca o conjunto de conhecimentos culinários, receitas tradicionais e número ingredientes de qualidade ligados aos seus territórios, produtos que vem sendo transmitido de geração em geração.
A Itália é reconhecida mundialmente como o país com o maior número de produtos com denominação de origem certificada – 327 alimentos e 420 vinhos –, uma característica que atesta a autenticidade e a excelência da produção local.
Pavilhão Italiano
Uma das mais antigas fábricas de vinagre da Italia, fundada em 1889, é a Acetificio Andrea Milano, que vai levar vinagres balsâmicos de Modena IGP, de vinho e de maçã, além de glacês e condimentos; Agrigenus – Bioagri produz os tomates San Marzano DOP que, cultivados nas terras vulcânicas ao redor do Vesúvio, têm um sabor único e característico; Casa Rinaldi exporta seus produtos – azeites, vinagres, massas farinhas e cereais, entre outros – para mais de 110 países; Mulino Caputo, criado em 1924, é, desde então, referência na produção de farinhas para pães, pizzas e massas; e Compagnia Mercantile D’Oltremare, fundada em 1979, é uma das líderes globais na produção de tomates pelados, polpa, extrato e passata, entre outros.
Também integram o Pavilhão Italiano a Effeuno, referência em fornos elétricos profissionais, tem um design compacto e tecnologia de ponto, com temperaturas superam os 450º e o mesmo resultado das tradicionais pizzas napolitanas; Latteria Sorrentina, queijaria criada em 1880 e dedicada à produção de Fiordilatte, além de provola defumada e burrata; O Sole e Napule di Calabria, que produz, desde 1980, tomates, cremes salgados prontos de berinjela, pimentão, trufa, legumes em conserva no óleo; Olitalia, fabricante de óleos, azeites e vinagres e reconhecida com a marca mais utilizadas por chefs na Itália, de acordo com pesquisa da NielsenIQ (junho-2024); e Transimeno, responsável pela produção, em seus próprios olivais, do azeite Arioli, a empresa foi fundada em 1945.
Das empresas italianas participantes, três ainda não atuam no mercado brasileiro. São elas: Molini Valente, nascida em 1854, produz farinhas de trigo inovadoras, incluindo ingredientes como arroz Venere, cúrcuma, spirulina e cânhamo; Pastificio Minardo, jovem empresa fundada em 2007, fabrica massas artesanais orgânicas com grãos antigos sicilianos; e Wadi El Nile Italia, oferece produtos como azeitonas, tomares e alcachofras para a indústria, o varejo e a gastronomia profissional.
Degustações
Quem visitar o Pavilhão Italiano vai poder participar das degustações promovidas pelos expositores. As empresas Effeuno, Olitalia, CMDO, Latteria Sorrentina e Mulino Caputo e o pizzaiolo Giancarlo Godano, da Leggera Pizzaria, eleita a melhor da América Latina em 2024 pelo Guia 50 Top Pizza, vai preparar pizzas para os visitantes. Degustações também serão oferecidas por Agrigenus e O Sole e Napule, bem como pela Casa Rinaldi, que vai combinar seus produtos, como queijos e azeitonas, a vinhos italianos especialmente selecionados.

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