ARY SILVEIRA BUENO

Gestão eficaz da saúde é requerida; que não tem preço, mas custa muito

I.    INTRODUÇÃO
O investimento permanente para manutenção de plano médico dos profissionais da empresa, já figura como o segundo maior custo da folha de pagamento. Um dos maiores desejos dos brasileiros e o grande benefício oferecido pelos empregadores, tem gerado dores de cabeça. Isso porque os reajustes superam e muito a inflação. Segundo o Valor Econômico, o reajuste nos últimos 18 anos foi de 382%, enquanto a inflação (IPCA), no mesmo período, foi de 208%. O Valor tratou o tema do acúmulo de reajustes, como complexo e relevante.

 II.  IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL – GSP
A importância da Saúde Suplementar no Brasil é grande, indiscutivelmente. Por este motivo, a saúde deve ser gerida por todos os atores engajados neste amplo ecossistema, com muita responsabilidade, qualidade, criatividade e inovação. Isso exige conhecimento e o seu rápido compartilhamento. E isso é inadiável e indispensável!
Para justificar, basta citarmos três fortes associações do segmento de Saúde e suas atuações.
A Associação dos Hospitais Privados – Anahp e a Interfarma produziram conteúdo de 40 páginas sobre os custos da saúde, os fatos e suas interpretações.
Na página 34, trazem: “Operadoras deveriam investir em prevenção e gerir melhor a sua carteira de beneficiários, orientando-os quanto à gestão adequada da saúde. Interessante!
A Aliança para a Saúde Populacional – ASAP tem como meta estimular e promover ações de GSP – Gestão de Saúde Populacional.
A ASAP menciona que a GSP é iniciativa que visa transformar o velho modelo reativo, que aguarda surgir a doença, em proativo, que mapeia as populações de risco, faz predições e previsões e age evitando as enfermidades e ou minimizando seus impactos. Em vez de os esforços estarem direcionados para o tratamento de doenças, a meta é que os esforços se concentrem na difusão da importância da saúde e no auto cuidado, empoderando o cidadão, via ferramentas tecnológicas e de comunicação disponíveis.

 III. O GRANDE PROBLEMA DA OBESIDADE
 Em dezembro de 2.017 no Rio de Janeiro, a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar lançou o Manual de Diretrizes para o Enfrentamento da Obesidade na Saúde Suplementar Brasileira.
O Manual é resultado do grupo de trabalho multidisciplinar capitaneado pela ANS, com o objetivo de promover melhorias e incentivos na atenção à saúde relacionada à prevenção e ao combate da obesidade entre beneficiários de planos de saúde.
Disse à época a diretora da ANS, Karla Coelho: “A ANS entende a discussão do tema como urgente e necessária à sustentabilidade da saúde suplementar, uma vez que o excesso de peso e a obesidade constituem o segundo fator de risco mais importante para a carga global de doenças, e estão associados a várias doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, diabetes, cirrose, câncer de cólon, de reto e de mama, entre outras”. É fato que o enfrentamento da obesidade, enquanto resultado de uma complexa combinação de fatores biológicos, comportamentais, socioculturais, ambientais e econômicos, representa grande desafio para o setor, conforme entendimento da ANS.
Segundo pesquisa anual do Ministério da Saúde, referente a 2017, o levantamento trouxe que quase 1 em cada 5 brasileiro, 18,9% são obesos e que mais da metade da população das capitais brasileiras, 54,0%, estão com excesso de peso.
“Sabe-se que a obesidade é uma doença multifatorial, recidivante e muitas vezes silenciosa, e se não prevenida e cuidada corretamente, tem um impacto devastador na vida do indivíduo, bem como na economia do país”, afirmou também à época, Kátia Audi, da ANS.

 IV. SOLUÇÃO DE PREDIÇÃO DO PESO CHEGA AO BRASIL – APP / SINQUE
Atualmente um dos nossos clientes é uma startup holandesa, que desenvolveu a solução sinque, que de forma amigável, fácil usabilidade e cientificamente, trata de prover o peso futuro das pessoas, através de aprendizado do peso do indivíduo, projetando por inteligência o peso para as próximas duas semanas. É nova maneira motivadora e transformadora de predição de peso. Com o APP sinque a pessoa valida o seu esforço, levando-o a uma jornada de prevenção, com mais saúde e maior qualidade de vida. Saiba mais: www.sinque.pro  

V. CONCLUSÃO
Os números, valores e problemas oriundos da Saúde Suplementar no Brasil são muito representativos e as suas crescentes dificuldades de gestão requerem robustos estudos e ações, que considerem os aspectos: técnicos, legais e de viabilidade econômica de todos os atores.
 Os crescentes custos da saúde, devem ser melhor gerenciados por todos. A meu ver é inadiável efetivo planejamento estratégico, público e privado, feito a quatro mãos, governos e a iniciativa privada.