A nova fase do projeto Gigantes de Nazaré segue a todo vapor com o terceiro episódio do videocast Gigantes para Gigantes, apresentado pela jornalista Carol Barcellos. A série de entrevistas traz à tona histórias marcantes de atletas que se destacam por sua coragem, entrega e visão de mundo. Depois da estreia com Pedro Scooby, e o segundo episódio com Diego Hypólito, agora é a vez de Lucas Chumbo, uma das grandes referências do surfe de ondas grandes no cenário internacional.
Natural de Saquarema (RJ), Chumbo é um apelido que vem do seu pai: “Era por causa de um desenho da época dele chamado ‘Bacamarte e Chumbinho’, que era estilo Tom e Jerry. Chumbinho era o personagem que vivia perigosamente. Quando eu nasci, virei o Chumbinho. E, quando meu irmão nasceu, virei o Chumbo, ele o Chumbinho e meu pai o Chumbão”. Outra característica que vem de família é o amor pelo surfe. “Eu cresci com o meu pai me colocando na moto dele e indo checar o mar de manhã”, relembra carinhosamente.

(Foto: Divulgação)
O amor de infância foi, aos poucos, virando sua carreira. Inicialmente, Chumbo competia pelo Brasileiro Pro Junior e outras competições que poderiam projetá-lo para o Mundial. “O mar grande era onde eu me encontrava, onde eu me sentia confortável, sem medo”. Então, o menino foi se distanciando da “marola” em direção às gigantes. Ao longo do caminho, Chumbo foi campeão em Nazaré e conseguiu realizar um antigo sonho: surfar em Jaws. “Foi diferenciado de qualquer surfe de onda grande que tinha feito até ali”, contou, referindo-se ao pico havaiano conhecido pela potência extrema das ondas.
A conversa com Carol também abriu espaço para temas pessoais e familiares. Chumbo falou do impacto emocional de um acidente com o irmão e das dificuldades enfrentadas após uma lesão grave em Mavericks, na Califórnia. “Esse último ano foi um dos mais difíceis da minha carreira. No meio da temporada eu quebrei o tornozelo e coloquei dois parafusos. Tive que parar por uma força maior. Fiquei abalado, amargurado, questionando: ‘Por que comigo? Por que agora, no meio da temporada?’. Mas eu tiro só como aprendizado, realmente saí mais forte”.
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