ARY SILVEIRA BUENO

Governança Transformacional Pacto Global Da Onu

Em setembro de 2020, mais de 1.300 CEOs de empresas de mais de 100 países se reuniram para assinar United in the Business of a Better World: A Statement of Business Leaders for Renewed Global Cooperation.
Em 01/06/2021 o Pacto Global da ONU lançou uma nova ferramenta para acelerar a ação empresarial da Governança – G do ESG, com o E de Ambiental e o S de Social.
“A Governança Transformacional é uma filosofia baseada em princípios – e não um novo conceito jurídico – que apela às empresas para que sejam mais responsáveis, éticas, inclusivas e transparentes como impulsionadoras de uma conduta responsável, de um melhor desempenho ESG e de instituições, leis e sistemas públicos fortalecidos. Isto significa promover uma cultura de integridade, justiça e inclusão para além da formalidade legal – perguntando não apenas o que é legal, mas o que é certo”.
“O Quadro Empresarial do ODS 16 visa inspirar as empresas a abraçar o seu papel na governança transformacional, que inclui o fortalecimento do multilateralismo e a reinvenção do contrato social. António Guterres – Secretário-Geral das Nações Unidas”
“As empresas podem e devem desempenhar um papel importante na promoção da liderança ética e na construção da confiança entre instituições públicas e privadas, e da confiança nestas instituições por parte da sociedade civil. Sanda Ojiambo – CEO e Diretor Executivo do Pacto Global das Nações Unidas”.
Responsabilidade Corporativa – Ética nos Negócios
Em outubro de 2017, escrevi artigo com título acima e nele relacionei 10 dados e datas para embasar a afirmação:
“Sabemos que não há negócio e entidade sustentável, sem ética e sem transparência”.
Esta afirmação ensejou a pergunta: Então porque tamanha abrangência, intensidade e representatividade das falcatruas no Brasil?
Correlação do artigo de 2017 com o Pacto Global da ONU
Faço a correlação para reafirmar que não há resultados e realizações sustentáveis, sem um amplo e efetivo atendimento das metas do ODS 16; destaco a meta 16.5 (combate a corrupção e ao suborno).
A prática para atender o ESG e o ODS 16 e suas metas, deve se dar de forma concomitante e completa e se exige a ética nos Negócios. A ética é exigida em nossas conexões com todas as organizações das 4 hélices: academia, empresa, governo, entidades sociais. E fazendo uma analogia, que a prática da ética seja de corpo, mente e alma, nos fazendo lembrar do bom livro: A empresa de corpo, mente e alma, autor, Roberto Tranjan.
Concluindo
A Agenda 2030 da ONU e seus 17 ODS é de janeiro de 2016, portanto há quase 8 anos. O cumprimento efetivo das 169 metas originais estão ainda muito aquém do estabelecido e estão ainda mais desafiadoras, em função do mundo VUCA / BANI que vivenciamos.
Somente com conexões e interconexões com propósitos éticos é que se podem mudar realidades. Sem isso o futuro da humanidade estará irremediavelmente comprometido. A solução, a meu ver, passa mandatoriamente pelas práticas das metas 17.16* e 17.17*, ODS 17.
* 17.16 – Reforçar a parceria global para o desenvolvimento sustentável, complementada por parcerias multissetoriais que mobilizem e compartilhem conhecimento, expertise, tecnologia e recursos financeiros, para apoiar a realização dos objetivos do desenvolvimento sustentável em todos os países, particularmente nos países em desenvolvimento
* 17.17 – Incentivar e promover parcerias públicas, público-privadas e com a sociedade civil eficazes, a partir da experiência das estratégias de mobilização de recursos dessas parcerias.