
O Governo de São Paulo deu início a mais uma ação de incentivo ao desenvolvimento regional e ao turismo gastronômico com o lançamento do “Rotas do Café de São Paulo”, na terça (8), no Palácio dos Bandeirantes. A iniciativa reúne 57 atrativos turísticos ligados ao grão em 25 municípios paulistas, resultando em cinco rotas inéditas, além de destinos cafeeiros independentes. Entre as atrações turísticas estão fazendas de antigos barões do café, museus históricos, cafés premiados internacionalmente e centros de pesquisa abertos à visitação.
O projeto vai integrar produtores, cooperativas, indústrias e consumidores, estimulando a criação de novas empresas e o fortalecimento do comércio e serviço local, incluindo a rede hoteleira. Com essa dinâmica, a iniciativa busca consolidar São Paulo como um destino turístico e comercial de referência no setor cafeeiro, que foi responsável por R$ 5 bilhões do valor da produção agropecuária paulista (VPA) em 2024, e se colocou no sétimo lugar entre os 50 produtos agro com melhor desempenho na economia do estado, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta).
“O lançamento tem significado histórico. São Paulo se desenvolveu às margens dos trilhos dos trens, que chegavam ao interior para levar o café até o Porto de Santos. Dali nasceram as ferrovias e as cidades ao redor delas. Celebrar as Rotas do Café é celebrar a história do estado de São Paulo e a aliança entre produtores, indústrias e cooperativas para contar essa história e mostrar que São Paulo tem o melhor café do Brasil”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas.
“Estamos muito focados no desenvolvimento das nossas vocações para fomentar e desenvolver os arranjos e cadeias produtivas para ganhar eficiência do ponto de vista logístico, diminuir a burocracia e tornar o estado mais digital”, destacou Tarcísio.
As rotas estabelecidas são: Rota Cuesta, Itaqueri e Tietê Paulista (que abrangem municípios como Brotas, Dois Córregos e Dourado); Rota Circuito das Águas Paulista (Serra Negra, Monte Alegre do Sul, Amparo e Campinas); Rota Mantiqueira Vulcânica Paulista (Caconde, Espírito Santo do Pinhal e Águas da Prata); Rota Mogiana Paulista (Franca, Pedregulho, Patrocínio Paulista e Cristais Paulista) e Rota Alta Paulista (Marília e Garça). Veja detalhes aqui.
Além disso, há destinos cafeeiros como Instituto Biológico, na capital; Sítio Berelu, em Cerqueira César; Sítio Sol Nascente, em Ibiúna; e APTA Regional de Adamantina. Entre as vivências estão o Museu do Café de Piratininga / Fazenda São João, em Piratininga; Museu do Café, em Santos; Ateliê Casa das Artes e Hotel Fazenda Campo dos Sonhos, ambos em Socorro; e o Recanto da Querência, em Garça. Clique aqui para saber mais sobre os destinos e vivências.
A iniciativa é uma parceria da Casa Civil com as secretarias de Turismo e Viagens (Setur), Economia e Indústria Criativas (Secult), Agricultura e Abastecimento (SAA), Desenvolvimento Econômico (SDE), da InvestSP, ligada à SDE, e do Museu do Café, de Santos. No lançamento, haverá também a abertura da exposição “O Feminino no Café: 1870-1930”, produzida pelo Museu do Café, disponível para visitação no Palácio dos Bandeirantes até 23 de abril.
As Rotas do Café de São Paulo também estão conectadas ao Programa SP Produz, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que reconhece, apoia e fomenta Cadeias Produtivas Locais (CPLs). Para este segmento cafeeiro há três CPLs reconhecidas: Divinolândia, Caconde e Torrinha.
Atualmente, São Paulo conta com mais de 12 mil profissionais empregados no cultivo e mais de 1,1 mil no comércio atacadista de café em grão no estado, segundo dados do Caged (jan/2025). A expectativa é que, com as Rotas do Café, a geração de emprego no setor seja potencializada, inclusive em áreas de comércio e serviço indiretamente beneficiadas.
“Mais uma vez, o Estado reconhece e valoriza as cadeias produtivas locais e promove um esforço conjunto, envolvendo várias secretarias, para aumentar a comercialização e a geração de emprego e renda em São Paulo, conforme orienta o governador Tarcísio de Freitas”, afirma Jorge Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico.
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