
O Grupo Cênico Regina Pacis celebra, nesta segunda (21) de abril, 63 anos de fundação em São Bernardo. O fundador, Antonino Assumpção (in memoriam), atraiu diversos jovens que acreditaram no seu ideal e puseram os pés no palco meio titubeantes, mas ávidos em participar de algo inovador na comunidade religiosa da Igreja Matriz de São Bernardo – local que também serviu de inspiração para a escolha do nome, em latim, do recém-formado grupo: Regina Pacis – Rainha da Paz, pinçado de uma das ladainhas de cerimônias litúrgicas.
A história do Regina Pacis começou a ser escrita por aqueles jovens. Sob a batuta do Assumpção, o teatro do grupo foi tomando fôlego, alçando voos cada vez mais altos, levou plateias imensas às suas produções sempre esmeradas, privilegiando uma dramaturgia de peso e se aventurando por outros palcos mais desafiantes em festivais e mostras estrada afora. De peça em peça e de palco em palco, seguiu produzindo ano após ano, sem pausa, durante todas essas décadas.
Textos lindos, interpretações marcantes, corações emocionados, olhos marejados, espetáculos ovacionados, diretores renomados, parcerias importantes, perdas doídas, público cativo, espaços improvisados, homenagens tocantes, entre tantos momentos, marcaram a longa caminhada do Grupo.
“Chegar a esta idade com muitos daqueles jovens pioneiros saindo de cena pela finitude da vida, inclusive o seu grande mentor, Antonino, não foi tarefa fácil para os que, mesmo fragilizados com as perdas, assumiram a responsabilidade de seguir em frente. Um grupo de teatro amador chegar aos 63 anos de vida artística é um feito inédito, ainda mais nesses tempos ingratos no qual tudo parece conspirar contra, num panorama cultural tão carregado de outros apelos. As facilidades de hoje muitas vezes se transformam em dificuldades de toda ordem, mas o grupo não desiste. Está sempre pensando alternativas para mais um trabalho e mais outro e outro”, diz Hilda Breda, atriz, produtora cultural e diretora do Grupo Cênico Regina Pacis.
Hilda, esposa do fundador, Antonino Assumpção, também fala sobre a persistência do Grupo em continuar o legado na arte e no teatro: “Há mais de seis décadas de carreira o Regina vem gerando sua história, única, diga-se de passagem, consolidada em teatro de qualidade, prêmios, honrarias e, acima de tudo, reconhecimento. São muitos os voleios para não deixar a peteca cair e como amador, no real sentido da palavra, o grupo continua batalhando para levar essa história adiante”.
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