Política

Indicado ao Tribunal de Contas do Estado, Wagner Rosário é sabatinado na Alesp

Wagner de Campos Rosário é indicado pelo governador (Foto: Alesp)

O controlador-geral estadual, Wagner de Campos Rosário, foi sabatinado, na terça (2), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O nome dele foi indicado pelo governador Tarcísio de Freitas para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCESP).

Wagner Rosário tem 49 anos e é natural de Juiz de Fora, Minas Gerais. Possui longa carreira como auditor federal da Controladoria-Geral da União (CGU), órgão em que chegou a ser nomeado ministro, atuando entre 2017 e 2022. Desde 2023, Rosário está à frente da Controladoria-Geral do Estado (CGE-SP).

Se aprovado como conselheiro do Tribunal de Contas, Rosário irá fiscalizar e julgar a gestão dos recursos públicos estaduais, incluindo a prestação de contas de gestores e entidades.

Sabatina

Na arguição convocada pelo presidente da Casa, deputado André do Prado, foram questionados os requisitos constitucionais para o cargo de conselheiro, como notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública, além da idoneidade moral e reputação ilibada do indicado.

A sabatina de Wagner de Campos Rosário foi realizada no Plenário Juscelino Kubitschek e durou cerca de duas horas. Entre os temas levantados pelos parlamentares presentes foram destacadas as atuações passadas de Rosário como ministro da CGU e questionado qual seria o perfil adotado enquanto fiscalizador do Governo Estadual.

O deputado Donato (PT), assim com outros colegas de bancada, questionou como o indicado irá atuar para garantir a idoneidade nas decisões do Tribunal. “O sabatinado recebeu críticas por retrocesso na transparência e na detecção de corrupção. No TCE, a principal função é justamente controlar o Governo”, pontuou.

Em resposta, Rosário afirmou que sua experiência como auditor e à frente da CGU e da CGE o fazem apto para desempenhar a função de conselheiro do TCESP. “Tratamos pouco no Brasil sobre temas como conflito de interesses, mas é um compromisso que nós assumimos. Temos um papel com a transparência”, disse.

O papel orientador do Tribunal também foi abordado durante a sabatina. O deputado Caio França (PSB) discursou sobre o contingenciamento de recursos estaduais para os municípios – em especial de Estâncias Turísticas -, e questionou a visão de Rosário sobre esses cortes.

No mesmo sentido, o deputado Alex de Madureira (PL) indagou qual perfil o futuro conselheiro adotaria no TCESP. “Na sua visão, o Tribunal de São Paulo deve ter um papel mais orientador, pedagógico ou sancionador?”, questionou.

“A maioria esmagadora dos gestores querem fazer o bem e não é fácil, devido às dificuldades que temos e cidades com características completamente diferentes. Nosso papel é trabalhar para trazer informação e orientação para evitar as sanções”, respondeu Rosário.

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