Com atividade positiva em oito dos 12 meses de 2017, a indústria do ABC paulista lidera vários indicadores de expectativas favoráveis para este ano. Enquanto o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) bateu em 65,6 pontos no ABC no mês passado, ficou em 59,3 no Brasil. Também o cenário ‘Condições da Empresa’ está mais promissor na região – em 62,5, para 54,1 no País. Já as ‘Expectativas em Relação à Economia Brasileira’ chegam a 67,5 no ABC e 58,5 no Brasil.
IndustriaPixabayEsses são alguns resultados do recorte regional realizado pela Universidade Metodista de São Paulo para a pesquisa da Sondagem Industrial (SI) e do Índice de Confiança (ICEI) elaborados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O 8º Boletim IndústriABC toma como referência o último trimestre de 2017 e é formado a partir de pontuações indicando pessimismo (0 a 50), indiferença (50) e otimismo (50 a 100 pontos). O indicador é importante para avaliação das perspectivas futuras da atividade econômica do setor, que tem importante influência na região.
“Na economia do ABC, a indústria responde por 23,2% do PIB regional. No Brasil o setor industrial representa 18,5% do PIB nacional”, aponta o professor e economista Sandro Maskio, coordenador de estudos do Observatório Econômico da Metodista, chamando a atenção para a melhora no grau de utilização da capacidade instalada e para o aumento da intenção de investir dos industriais.
Menos ociosidade- O uso da capacidade instalada em dezembro de 2017 estava em 64% no ABC e também no Brasil (para 58% e 63%, respectivamente, em dezembro de 2016). Isso significa que a região avançou mais na redução da ociosidade do que a indústria brasileira. Já a intenção de investimento saiu de um escore de apenas 34,4 em janeiro de 2016 para 52,5 em dezembro passado, pela primeira vez acima da linha dos 50 pontos no ABC paulista.
Com sua principal força puxada pela indústria automotiva, um dos principais indicadores de otimismo regional está na perspectiva de evolução das exportações. Essa perspectiva saiu de 54,8 em janeiro de 2016 para 72,2 em janeiro de 2018.
Ao longo de 2017 a indústria de transformação aumentou a produção física em 2,18% no Brasil. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), os setores que apresentaram maior índice de crescimento ao longo do ano foram produtos de fumo (20,4%), equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (19,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (17,2%). Em 2014, 2015 e 2016 a produção física da indústria no País registrou perda acumulada de mais de 15%.