Sétimo episódio da primeira temporada do videocast traz como convidada um dos maiores nomes dos saltos ornamentais do Brasil
“Ela tem três participações olímpicas, duas medalhas em Pan-Americanos e o melhor resultado do Brasil em saltos ornamentais”. Foi assim que a apresentadora Carol Barcellos apresentou Ingrid Oliveira, uma das maiores saltadoras da história do país, convidada do sétimo episódio do Gigantes para Gigantes. A atleta, que também soma duas medalhas em Jogos Sul-Americanos e um 4º lugar no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, em 2022, compartilhou no programa os desafios, as superações e as marcas de sua trajetória, que levaram a carioca a se tornar uma gigante em seu esporte.
Ingrid contou que o início não foi simples. Começou tarde na ginástica e viu os saltos como caminho mais próximo da paixão inicial. Porém, com a mudança de modalidade, a atleta precisou superar os medos acompanhados dessa troca: “Na ginástica, a gente caía de pé e, na água, de cabeça. Isso, junto da altura, dava um pouco de pânico no começo. Só que é algo gradativo, você começa em um metro, depois vai para três metros, cinco, sete e depois para dez”. Mesmo com a apreensão inicial, Ingrid confessou que a plataforma de dez metros se tornou sua favorita: “Acho as outras alturas mais desafiadoras, por conta de como faço meus treinos”.

(Foto: Divulgação)
Para se tornar uma referência em seu esporte, a atleta enfrentou adversidades. Ingrid se emocionou ao falar sobre as críticas recebidas nas suas redes sociais. “Eu luto com isso desde os 19 anos. Colocaram um rótulo em mim, sendo que não é quem eu sou. Ser mulher no esporte é muito complicado, a gente batalha, mas sempre tiram o nosso valor. Em Paris, a maioria das atletas eram mulheres, e praticamente todas as medalhas olímpicas foram conquistadas por elas. Então, isso só desmistifica esse rótulo que eles colocam na gente”, afirmou.
Apesar dos obstáculos, Ingrid comemora o caminho trilhado até aqui. Afirma que o Mundial de 2022 foi “o ápice da minha felicidade, mas queria ter ficado em terceiro”, disse, rindo. Sobre as últimas Olimpíadas, afirmou que não esteve em seu melhor momento. Porém, Ingrid olha para o novo ciclo com bons olhos e destaca a importância de seguir cuidando da mente: “Para a próxima preparação, quero cuidar da minha saúde mental. É algo que vai me ajudar, não só esportivamente, mas até para aproveitar a minha Olimpíada, estar lá mais feliz, desfrutar do meu momento”.
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