Educação

Intercambistas da USCS partem para Colômbia, por meio do projeto de resiliência local

Três profissionais formados pela USCS embarcam para intercâmbio em Barranquilla, Colômbia (Foto: Divulgação)

Neste sábado (9), três profissionais formados pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), embarcam para uma experiência de intercâmbio em Barranquilla, Colômbia. Eles participam do projeto “Fortalecimento de Capacidades para a Resiliência Local“, parceria estratégica entre a USCS e a Universidade Metropolitana de Barranquilla (UNIMETRO), na Colômbia, e conta com o financiamento da Agência Norueguesa para a Cooperação e Intercâmbio (NOREC). 

Trata-se de um projeto de cooperação internacional de intercâmbio profissional, que está chegando à sua terceira etapa, que visa à transferência de conhecimentos e habilidades, tendo como eixo de trabalho a promoção de cuidados com o meio ambiente e a prevenção de riscos decorrentes das mudanças climáticas, temáticas relacionadas com as agendas globais pelo desenvolvimento sustentável, como os ODS, o Acordo de Paris e o Marco de Sendai. A cada rodada, a USCS recebe três professores-pesquisadores colombianos e envia três profissionais (professores-pesquisadores brasileiros), proporcionando uma valiosa oportunidade profissional de internacionalização de carreira para nossa comunidade acadêmica.

O encontro entre os três participantes da segunda etapa do programa, que retornaram ao Brasil no final de julho, e os três novos intercambistas que iniciarão a terceira fase (embarcando neste final de semana) aconteceu em 24 de julho de 2025, no Campus Barcelona.

Ingressante do projeto, formada em Design Gráfico, Esther Valentim dos Reis segue para a Colômbia neste final de semana. Ela espera, com a experiência, enriquecer seus conhecimentos e repertório: “Acredito que esta viagem me trará aperfeiçoamento profissional. Além de eu levar meus conhecimentos, o fato de estar em contato constante com outras culturas me fará ter mais repertório e novos atributos que, com certeza, contribuirão para o meu desenvolvimento pessoal e profissional.”

Já Giovanna Andrade de Oliveira, formada em Enfermagem, conta estar motivada a contribuir com projetos que promovam a resiliência local e a prevenção de riscos ambientais: “Como enfermeira, acredito que a saúde das pessoas está diretamente ligada à saúde do planeta. Problemas como poluição, mudanças climáticas e degradação ambiental afetam gravemente o bem-estar humano, com impactos que vão de doenças físicas a transtornos mentais. Acredito no poder da educação e da conscientização como ferramentas para a construção de um futuro mais saudável e sustentável. Tenho entusiasmo por lidar com pessoas e desejo contribuir para a transformação social e ambiental. Vejo neste projeto uma oportunidade valiosa de aplicar minhas habilidades em favor da saúde coletiva e do planeta”, conclui.

Formada em Jornalismo, Ingrid Santos afirma que representar a USCS em um projeto internacional será uma oportunidade única. “Como comunicadora social, acredito que a comunicação pode ter papel fundamental no fortalecimento da resiliência local, especialmente em contextos de vulnerabilidade socioambiental e econômica. Acredito que essa vivência ampliará a minha visão profissional e pessoal sobre o tema, além de me permitir contribuir com soluções mais humanas e sustentáveis para os desafios das comunidades locais na Colômbia”.

Participantes da segunda etapa do projeto, retornaram ao Brasil no final de julho, os profissionais Lucas Almeida Oliveira dos Santos e Giovanna Fortunato (ambos formados em Arquitetura e Urbanismo) e Flávio Lima Ramos (formado em Enfermagem), após um ano de experiência enriquecedora na Colômbia.

Lucas afirma que, além do desenvolvimento profissional, o aprendizado mais significativo que teve durante o período de intercâmbio foi trabalhar em uma área da ciência climática que vem se consolidando. “Estar em outro país foi importante para compreender minha identidade e posição no mundo, o que tem tudo a ver com o projeto da NOREC. Sair de casa é uma possibilidade de se enxergar por outros pontos de vista e tivemos a oportunidade de fazer um sincretismo cultural, levando nossa brasilidade e trazendo uma ‘colombianidade’ que não tínhamos”, diz.

Como contribuição de maior impacto no projeto, Giovanna explica que pôde transmitir, em aula, o conteúdo aprendido em seu 1º emprego, um estágio na Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, no qual pôde ver e acompanhar a desigualdade social brasileira. “Nas aulas de estudos dos entornos sociais, eu trouxe um pouco da realidade das favelas do Brasil, e como esse ambiente influencia na formação social das pessoas. Creio que foi de grande impacto para os estudantes”, conta. A profissional conta também que durante o projeto de extensão social foi aplicada uma atividade que fomentava a importância da ciência, da observação e do cuidado, por meio do plantio de urucum ligado a experimentos com solo, luz e rega.

Flávio diz que a vivência ampliou significativamente sua visão de futuro, reforçando seu compromisso com uma prática profissional voltada à justiça social, à sustentabilidade e à transformação territorial participativa. ”Aprendi que não há soluções universais, e que cada território precisa ser escutado, compreendido e valorizado em sua singularidade. A experiência na Colômbia reafirmou meu desejo de seguir atuando em projetos que articulem saúde, educação e meio ambiente com metodologias de base comunitária e enfoque intercultural” reforça. A partir de agora, o profissional pretende aprofundar sua atuação em pesquisas que integrem dados epidemiológicos, mudanças climáticas e dinâmicas socioterritoriais, com foco na construção coletiva do conhecimento e na emancipação social. “Além disso, quero continuar contribuindo com formações, extensões e políticas públicas que promovam a equidade e a resiliência em contextos vulneráveis, especialmente na América Latina”, completa.

O projeto “Fortalecimento de Capacidades para a Resiliência Local” demonstra o compromisso da USCS com a internacionalização universitária, o desenvolvimento de pesquisas de impacto social e a formação de profissionais engajados com os desafios globais de sustentabilidade e resiliência.

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