Fabio Picarelli Opinião

Iphan, o parceiro das reformas da Vila

Sem dúvida o apoio do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) é fundamental no que tange a preservação de Paranapiacaba. Basta visitar a vila inglesa no alto da Serra do Mar, em Santo André, para descobrir a transformação que ocorre desde 2018 para cá.
A autarquia do governo federal do Brasil é o principal investidor das reformas do patrimônio histórico andreense. Foram mais de R$ 16 mi-lhões destinados em recursos para as restaurações.
Até o momento foram realizadas as seguintes reformas:

  • A antiga garagem de manutenção das locomotivas, atualmente a Estação do Expresso Turístico da CPTM (Companhia Paulista de Trens Me-tropolitanos), com investimentos de R$ 4,2 milhões;
  • O Complexo de Galpões das Oficinas e da São Paulo Railway (SPR), transformado em espaço multicultural para eventos, no valor de R$ 2,1 milhões;
  • A fachada da Biblioteca, importante centro de leitura e pesquisas para estudantes e historiadores, com R$ 89,9 mil;
  • O antigo almoxarifado da compa-nhia São Paulo Railway, utilizado atualmente por um estabelecimento comercial, contemplado com R$ 339 mil;
  • Os 14 imóveis pertencentes ao PAC 420, com R$ 6,4 milhões;
  • O primeiro campo de futebol com medidas oficiais do Brasil, com quase R$ 4 milhões;
  • A sede da Sociedade Recreativa Lyra da Serra, o Cine Lyra, cujo total da obra foi de R$ 4,2 milhões, tendo como contrapartida R$ 1,4 milhões do Iphan; R$ 2,5 milhões do Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU) e R$ 440 mil do tesouro municipal;
  • E mais recentemente a reconstrução do imóvel incendiado da rua Dr. Ma-rum, 313, em 2007, alterada para ser o primeiro auditório da Vila. A entrega da obra ocorreu no último dia 13 de abril, como parte dos festejos de 472 anos de Santo André, com a presença do prefeito Gilvan Junior; representantes do Iphan e autoridades.
    Os próximos passos serão as reformas de 32 de um total de 242 imóveis da Vila e o Clube União Lyra Serrano.
    O Iphan é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura com a missão de promover e coordenar o processo de preservação do patrimônio cultural existente no Brasil para fortalecer as identidades; garantir o direito à memória; e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país . Entre as funções estão identificar, proteger e promover bens culturais materiais (tais como as edificações históricas e sítios arqueológicos. Atualmente o Brasil possui mais de 20 patrimônios mundiais reconhecidos pela Unesco, entre os quais destacam-se Ouro Preto, Olinda, Ruinas de São Miguel das Missões (RS), Salvador, Brasília, Parque Nacional do Iguaçu (PR), e Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Estamos na luta para que Paranapiacaba seja incluída na lista) ou imateriais (elementos que não possuem formas físicas, mas são essenciais para a cultura de determinadas sociedades. São práticas como celebrações, ações, formas de expressão, lugares e conhecimentos que são repassados de geração para geração).
    Criado em 13 de janeiro de 1937 por meio da Lei nº 378, foi assinado pelo presidente em exercício daquela época, Getúlio Vargas. Possui 27 superintendências, uma para cada Unidade Federativa do Brasil. Além de 37 escritórios técnicos, a maioria em Cidades Históricas; e seis unidades especiais, sendo quatro no Rio de Janeiro (Centro Lúcio Costa, Sítio Roberto Burle Marx, Paço Imperial e Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular), e duas em Brasília (Centro Nacional de Arqueologia e Centro de Do-cumentação do Patrimônio). No caso de Paranapiacaba, a parceria direta é com a Superintendência do Iphan São Paulo.
    Há alguns dias recebi a visita do presidente do Iphan, Leandro Grass; do diretor Daniel Sombra; e do superintendente do Iphan São Paulo, Danilo de Barros Nunes. Juntos vistoriamos os equipamentos e conversamos sobre as novas reformas que serão executadas em breve.
    Vida nova para Paranapiacaba!

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