Mônica Inglez Opinião

LGPD: o que todo empresário deve saber

 A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, tem o objetivo de garantir maior controle sobre o uso e tratamento de dados pessoais no Brasil, sendo, na verdade, uma oportunidade para as empresas se prepararem para um futuro em que a privacidade será central nas operações comerciais e no relacionamento com os clientes. A LGPD regulamenta o tratamento de dados pessoais por empresas, organizações e até mesmo indivíduos, com foco em garantir a proteção da privacidade dos cidadãos. A lei é mandatória para todas as empresas que tratam dados pessoais no Brasil, independentemente do porte ou do segmento.

   Desde um pequeno e-commerce até uma grande multinacional, todos precisam estar em conformidade. A não conformidade pode resultar em sanções financeiras, que podem chegar a 2% do faturamento anual da empresa, limitada a R$ 50 milhões por infração. Além disso, a perda de credibilidade e confiança pode ser ainda mais prejudicial do que as penalidades financeiras, com o comprometimento da reputação do seu negócio e a desvalorização da marca no mercado. Outro aspecto fundamental que todo empresário deve considerar é a exigência crescente de empresas multinacionais e de parceiros ou fornecedores estrangeiros em firmar contratos apenas com organizações que estejam em conformidade com a LGPD.

   Com a globalização e a integração cada vez mais profunda das cadeias de fornecimento, muitas empresas internacionais estão aderindo a padrões globais de proteção de dados, e esperam que seus parceiros, independentemente de localização, sigam práticas semelhantes. Trata-se de posicionar sua empresa como uma organização responsável e moderna, que entende a importância dos dados pessoais em uma sociedade digitalizada. O empresário que compreende o valor dessa adequação colhe benefícios que vão além da segurança jurídica, impactando diretamente na confiança do mercado e na valorização da sua marca.

    A adequação à LGPD deve ser vista como um investimento no futuro da sua empresa. Em um mercado cada vez mais pautado pela ética no uso de dados, as empresas que priorizam a privacidade de seus clientes estarão mais preparadas para conquistar a confiança do público, crescer de forma sustentável e evitar perdas financeiras e reputacionais.

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