A pesquisa nacional de intenção de compras da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizada pela PiniOn, revela que 46,2% dos entrevistados têm planos de adquirir presentes para o Dia das Mães. Por outro lado, 31% afirmaram não ter intenção de fazê-lo, enquanto 22,8% estão indecisos. A pesquisa contou com uma amostra representativa de 1.682 entrevistados em todo o país. Em comparação com o ano anterior, observou-se uma diminuição na proporção dos que manifestaram intenção de compra, um leve aumento naqueles que não pretendem comprar presentes e uma elevação na proporção de indecisos.
Do grupo de entrevistados que planejam presentar suas mães, 38,1% pretendem gastar mais do que em 2023, enquanto 34,9% desejam o contrário. Na comparação com o ano passado, diminuiu a proporção daqueles que querem gastar mais, enquanto aumentou a proporção daqueles que não querem gastar mais no Dia das Mães. Em termos do nível de gasto, a grande maioria (75,6%) pretende gastar entre R$ 150 e R$ 300.
A pesquisa também revelou que a maioria das compras será realizada em pequenos estabelecimentos (45,7%), com uma preferência por compras presenciais em lojas físicas (61,5%). Além disso, a maioria dos entrevistados (66,7%) indicou que não planeja utilizar a antecipação do 13º salário para as compras do Dia das Mães.
A tabela 1 apresenta as principais categorias de bens e serviços que os entrevistados pretendem adquirir, juntamente com as formas de pagamento preferenciais, incluindo dinheiro/débito, PIX ou parcelamento. É relevante destacar que cada entrevistado teve a opção de escolher mais de uma categoria de presente.
Tabela 1
Intenção de Compras do Dia das Mães – Brasil – 2024 (%)
Categoria |
Pretendem Comprar |
Dinheiro/Débito |
PIX |
Parcelado |
Vestuário/Calçados/Adereços |
46,6% |
52,6% |
22,1% |
25,3% |
Perfumes/Cosméticos |
39,5% |
52,1% |
25,3% |
22,6% |
Móveis/Eletrodomésticos |
29,6% |
41,6% |
24,6% |
33,8% |
Chocolate/Flores |
27,5% |
56,6% |
34% |
9,3% |
Cesta de Café da Manhã |
10,4% |
57,1% |
34,5% |
8,3% |
Pedido de Delivery de Refeição |
5,5% |
49,4% |
43,8% |
6,7% |
Levar para comer fora/Em restaurante |
10,2% |
64,1% |
29,8% |
6,1% |
Joias |
6,3% |
58,8% |
17,6% |
23,5% |
Bijuterias |
8,1% |
50,7% |
32,5% |
16,9% |
Celular/Tablet/Notebook/Computador |
15,5% |
44,8% |
21,6% |
33,7% |
Livros |
4,2% |
58,8% |
20,6% |
20,6% |
Viagem |
4,6% |
40,5% |
29,7% |
29,7% |
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Fonte: ACSP/PiniOn
Itens mais procurados
A área de vestuário segue sendo um dos principais itens, com 46,6%, porém seguindo bem abaixo ao que era antes da pandemia (80%). Presentes pertencentes à área de beleza, além de joias e bijuteria, continuam sendo lembrados para as mães, e concluem cerca de 53,9% das intenções.
Por outro lado, observa-se um aumento nas áreas de móveis, eletrodomésticos e produtos digitais que, juntos, totalizam cerca de 45,1%, em comparação aos 36,2% registrados no ano anterior. Esse crescimento pode ser atribuído, em parte, à redução das taxas de juros em relação ao ano passado. Chocolates ainda mantêm sua popularidade, representando individualmente 14,4% das preferências, mesmo após o período da Páscoa. Juntamente com flores, eles compõem 27,5% das escolhas de presente.
O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, destaca que continua evidente uma significativa redução na disposição dos consumidores em realizar compras parceladas em comparação com 2023.
“Enquanto a maioria dos consumidores prefere utilizar dinheiro em espécie e cartões de débito, em vez de optar pelo PIX como forma de pagamento à vista, é importante notar que o uso do PIX também está em ascensão. Essa redução na intenção de parcelamento pode estar relacionada ao fato de que, apesar da diminuição dos juros em comparação com o ano passado, eles ainda permanecem em níveis elevados, especialmente em um contexto de alto endividamento das famílias”, completa Ruiz de Gamboa.
Em resumo, as tendências de compra para o Dia das Mães continuam evidenciando uma preferência crescente por itens de menor valor, com uma menor dependência de financiamento por meio de crédito. No entanto, a intenção de compra para esta data diminuiu em comparação com o ano anterior, refletindo as dificuldades financeiras enfrentadas pelas famílias, exacerbadas por altas taxas de juros, endividamento significativo e aumentos substanciais nos preços de produtos essenciais. Apesar desses desafios, há uma inclinação maior para compras presenciais em pequenos estabelecimentos, o que pode beneficiar especialmente o comércio tradicional.