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Manente defende a criação da Casa do Autista

“Não dá para aceitar que somente a família do autista com boas condições financeiras possa garantir o tratamento”, diz Manente

O candidato a prefeito de São Bernardo, Alex Manente (Cidadania), reuniu-se, na tarde de quinta (12), com representantes de clínicas multidisciplinares do município e que fazem atendimento para pessoas com Transtorno de Espectro Autista (TEA). O encontro foi organizado pela advogada e educadora Luana Eloá (MDB), candidata a vereadora e atuante da causa TEA, por meio do Instituto TEAcolher Brasil.

Na reunião, Alex detalhou a proposta da criação da Casa do Autista. “Será uma referência importante de um projeto que conhecemos em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e que é multidisciplinar, com ações voltadas também para as famílias de São Bernardo”, afirmou. “É muito importante a aliança da empatia com o conhecimento técnico. E essa é a missão do governante, de unir essas forças.”

Nesse sentido, Alex afirmou que fará convênios com as clínicas da cidade, que têm expertise de atuação com este público. “Queremos que todos tenham atendimento em São Bernardo. Não dá para aceitar que somente a família do autista com boas condições financeiras possa garantir o tratamento. Quem mais precisa de suporte é quem tem menos. E é isso que vamos garantir na nossa gestão.”

Outra questão abordada pelos dirigentes das clínicas na reunião foi em relação à burocracia para abertura de empresas do tipo na cidade. Alex falou sobre a necessidade de desburocratizar o processo e facilitar a vida de quem pretende gerar emprego e, no caso das clínicas, garantir atendimento de saúde a moradores de São Bernardo. “O meu desejo é de que, nos quatros anos da gestão, as pessoas possam ter todos os serviços da Prefeitura na palma da mão, pelo celular. O papel do governo é facilitar a vida das pessoas.”

Manente lembrou que, como deputado federal, tem atuado em ações importantes para a causa, como as relatorias do projeto que instituiu no Brasil o cordão de girassol como símbolo das deficiências não-visíveis e o da obrigatoriedade do fornecimento do cordão pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Luana, que também é presidente da Comissão de Direito da Neurodiversidade da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Bernardo, falou sobre a importância de que os dirigentes dessas instituições estejam unidos para garantir políticas públicas reais para a comunidade TEA. “Após a pandemia, a gente percebeu muita gente com diagnóstico, mas sem acesso ao tratamento. A rede pública de São Bernardo não tem hoje essa visão multidisciplinar. E não há nenhum especialista na Prefeitura que atenda o adolescente autista. A gente precisa mudar isso. E tenho certeza de que o Alex vai mudar essa realidade.”