A senadora Mara Gabrilli esteve em Santo André, no sábado (28), para inaugurar, junto ao prefeito Paulo Serra, um novo e moderno equipamento de reabilitação, o Reabilita.
Trata-se de um Centro Especializado em Reabilitação tipo IV, que atenderá pacientes com deficiência física, visual, intelectual e auditiva. O equipamento fica na rua Vitória Régia, 940, no bairro Campestre, e prestará atendimento de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h. O local terá capacidade de atender cerca de 12 mil pessoas ao mês, previamente encaminhadas pelas unidades de saúde.
“Em Santo André mais de 20% da população tem algum tipo de deficiência, efetivamente esse equipamento é um divisor de águas na qualidade de vida que as pessoas com deficiência podem ter na nossa cidade. Hoje é um dia de muita alegria e festa, é um marco na cidade e a coloca no mapa de referência do tratamento para pessoas com deficiência. Muda também o nosso sistema de saúde, pois passamos a ter um equipamento que poucos têm”, comemorou o prefeito Paulo Serra.
Dos 45 milhões de brasileiros que possuem ao menos uma deficiência, segundo o Ministério da Saúde, apenas 95,2% das pessoas que possuem deficiência visuais não recebem reabilitação, 81% não recebem reabilitação física, 91% não recebem reabilitação auditiva e 69% não recebem reabilitação intelectual.
“É fundamental que o município pense na política pública de forma global e transversal, passando por todas as secretarias, porque quando uma cidade é boa para pessoas que têm deficiência, ela é muito melhor para todo mundo. A Lei Brasileira de Inclusão, que eu tive a honra de ser autora do último texto, tornou a reabilitação como um direito fundamental do brasileiro e o prefeito Paulo Serra está cumprindo esse direito”, comemorou Mara.
O Reabilita contou com investimento de R$ 12 milhões. Dentro de sua grande estrutura, o equipamento conta com 12 consultórios, sala de convivência com brinquedoteca, fraldário adulto e infantil e 26 salas que oferecerão diversos atendimentos como e reabilitação física, respiratória, neurológica, integração sensorial e audiometria bera, além de contar com uma Sala Atividades de Vida Diária (AVD), local que simula uma situação da rotina diária como arrumar a cama ou cozinhar.
O custeio para manter o equipamento será em torno de R$ 1,2 milhão, deste total 40% será custeado com verbas federais e 60% com verbas municipais.
Antes da inauguração, os pacientes que necessitavam de reabilitação física eram atendimendos pelo Centro de Reabilitação Municipal (CREM), localizado no Parque Novo Oratório, e as demais deficiências eram atendidas por meio de entidades como Apae e Rede de Reabilitação Lucy Montoro, em São Paulo.
Inicialmente o equipamento realizará atendimentos em reabilitação física e em cerca de 90 dias também serão realizadas reabilitações auditivas, visuais e intelectuais. “Como são serviços novos nós estamos fazendo o processo seletivo para termos os melhores e mais capacitados profissionais e vamos iniciar o processo de treinamento. Em cerca de 90 dias teremos o serviço 100% funcionando para poder efetivamente prestar o atendimento que os nossos munícipes precisam. Esse equipamento vai entrar para história daqueles que fazem com que os direitos de cidadania da população de Santo André sejam respeitados cada vez mais”, completou o secretário de Saúde.
Um dos diferenciais do equipamento é o Jardim Sensorial. O ambiente, especialmente idealizado pelo Departamento de Manutenção de Áreas Verdes (DMAV), tem objetivo de garantir integração nas atividades realizadas no Reabilita. O espaço conta com materiais de pedra, bambu, madeira e ferro, e proporciona uma viagem de sensações para pessoas com as diversas deficiências.
A vegetação tem um papel importante com a textura de variadas plantas que possuem aromas e cores variados e foram posicionados em locais de fácil acesso. Todos os materiais utilizados são reaproveitados.
O evento de inauguração também contou com a presença da secretária Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão. Também esteve presente Silvia Grecco, mãe do garoto Nickollas, que trouxe visibilidade à causa ao narrar jogos de futebol ao filho, que é deficiente visual.