Política

Marinho: “nosso maior legado é deixar a cidade estruturada para os próximos 30 anos”

O prefeito Luiz Marinho, São Bernardo, realizou balanço de oito anos de governo (2009-2016), na terça (20). Na ocasião, entregou à imprensa, exemplares da revista de prestação de contas, com as principais realizações da cidade, divididas por áreas.

Marinho afirmou que entregará a cidade para o prefeito eleito, em 1 de janeiro de 2017, muito melhor do que recebeu em 2009. “Tenho consciência da plena mudança e transformação que fizemos e digo nós porque estou colocando o povo da cidade. Não estou dizendo eu fiz ou realizei. O povo sempre me ajudou. Houve nesse processo uma grande transformação. Se olharmos na história da cidade no período de oito anos, a soma do que nós fizemos, na dimensão que nós fizemos para todas as áreas, não vamos encontrar outro período de oito anos que fosse feito tanto quanto nós fizemos no nosso governo. O nosso maior legado é deixar a cidade estruturada para os próximos 30 anos”, disse Marinho.

Houve grandes realizações em todas as áreas da cidade, mas, algumas delas se destacaram. “Na Saúde temos um legado fantástico construído. Hoje, São Bernardo não deixa nada a dever a iniciativa privada. Atendemos, talvez, mais rápido e melhor. É incomparável, pois a iniciativa privada não atende tudo, não atende vacinação gratuita, por exemplo”, afirmou.

Entre as principais conquistas também estão 29 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) reformadas e ampliadas e três novas unidades construídas; e ainda as obras para adequações e ampliação do número de leitos, além de novas instalações para a Unidade de Oncologia do Hospital Anchieta, a construção do Hospital de Clínicas Municipal e o início das obras do novo Hospital de Urgência, em substituição ao PS Central. A administração também implementou o Programa de Internação Domiciliar (PID).

A partir da reestruturação física da rede, a atenção básica foi fortalecida com a significativa ampliação das equipes de Saúde da Família e do número de Agentes Comunitários. As obras de ampliação das UBSs também permitiram a implantação ou o aumento da quantidade de equipes de Saúde da Família e de Saúde Bucal.

“Na área de Educação, nossa atenção foi para a reestruturação da rede de forma a acabar com o desrespeito das crianças em estado de rodízio, desde as escolas periféricas, quanto as centrais”, disse o prefeito.  Atualmente, São Bernardo atende 75.566 alunos do ensino regular e 3.382 da Educação de Jovens e Adultos (EJA), distribuídos em 13.358 para creches em períodos integral e parcial; 17.535 (infantil/período parcial) e 44.673 (fundamental/parcial). Também foram criadas 22 mil vagas novas vagas e adquiridos 15 mil notebooks para uso em sala de aula e as escolas contam com 80 laboratórios de informática e mais de 100 bibliotecas interativas.

“Na Habitação, o médio investimento do orçamento das cidades brasileiras é de 0,7% mas, nós investimos 8,3% então fizemos muito, porque investimentos muito”, contou Marinho. Desde 2009 foram entregues 4.918 moradias, distribuídas em 16 projetos. No período também foram regularizados 5.046 lotes, em 25 áreas. Outras 50 áreas estão com o processo de regularização em andamento. Os programas de Urbanização Integrada e de Produção de Moradias vão beneficiar 23 mil famílias de 43 áreas.

Outro enorme destaque citado pelo prefeito foi o Programa Drenar, que recebeu investimentos de cerca de R$ 650 milhões para a realização de obras de combate a enchentes no Centro e bairros. As intervenções do Centro (piscinão e galerias) foram iniciadas em 2014 e boa parte já está concluída. “A obra não está parada. A obra é muito maior que o piscinão do Paço. O governador Geraldo Alckmin se comprometeu com R$ 50 milhões e não recebemos nada. O Ministério das Cidades também deve a São Bernardo R$ 57 milhões”, disse Marinho.

No Rudge Ramos, a segunda maior obra do Drenar, foram entregues os reservatórios Ipiranga, Vivaldi e Helena e mais de 20 mil metros de canais e galerias de drenagem, o reservatório Jacquey está pronto e em operação, a exemplo do Tanque das Mulatas (com capacidade para armazenar 20 milhões de litros) e a galeria na Rua Warner.

Eleições, governo e futuro político – Marinho revelou que não interrompeu o governo após o resultado das eleições. Não paramos o governo no dia que o Orlando foi vencedor da eleição. Estamos tocando o governo como se fosse governar no dia 2 de janeiro. É assim que um gestor tem que pensar, nem deixar de cumprir as minhas obrigações por conta de um eventual resultado eleitoral”, disse Marinho.

Sobre seu futuro político disse que irá resolver quando voltar das férias.“Em janeiro, vou colaborar com o calendário de reestruturação do partido, essa reestruturação irá dizer qual será a minha agenda. Não está nos meus planos presidir o PT no Estado, mas há a sugestão de um conjunto de companheiros. Havia também sugestões dos companheiros que deveria me dispor a presidir o PT nacional e isso rechacei definitivamente. A presidência do partido tem que ser de forma natural e não de forma gladiadora”, disse.

Oposição- Questionado sobre como o PT fará oposição ao governo de Orlando Morando, disse:Tem gente que faz posição sistêmica e irresponsável, tem gente que faz oposição dependendo de como age a situação. O PT fará oposição dependendo de como age a situação. O povo é inteligente sabe que eu trabalhei de forma intensa em oito anos, e sabe comparar. Então, vamos aguardar e daqui a quatro anos volto a falar sobre isso”.

Museu do Trabalhador- Sobre as acusações do Ministério Público de desvio nas obras do Museu, foi enfático: “desafio qualquer um a provar que R$ 7,9 milhões foram desviados. Nem a juíza conseguiu provar, nem o Ministério Público, nem a Polícia Federal. Ninguém porque absolutamente não corresponde a verdade. A investigação nasceu de uma entrevista, que a própria imprensa regional divulgou, com o arquiteto Marcelo Ferraz, dizendo que o Lula era o dono do museu. É ridícula essa afirmação. É ridículo e um absurdo as petições do Ministério Público e a decisão da juíza”.