O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) deu um passo decisivo rumo à implantação do campus Mauá. Na terça (26), foi realizada a primeira audiência pública, com o objetivo de iniciar a construção de um modelo institucional que atenda às demandas sociais, educacionais e econômicas do município e da região.
O evento ocorreu no Teatro Municipal de Mauá, que esteve lotado com a presença de representantes da sociedade civil, autoridades políticas e educacionais, além de moradores interessados em participar ativamente do processo de implantação do novo campus. A audiência destacou a importância da educação pública, gratuita, inclusiva e transformadora.
A mesa solene contou com a participação do prefeito Marcelo Oliveira, da diretora-geral do campus Mauá do IFSP, professora Tamyris Bonilha, do chefe de gabinete da Reitoria do IFSP, Ricardo Agostinho, do deputado estadual Rômulo Fernandes, do presidente da Câmara Municipal, vereador Juninho Getúlio, dos secretários municipais Gilmar Silvério (Educação), Elton Carvalho (Trabalho, Renda e Empreendedorismo) e Cícero Firmino Martinha (Desenvolvimento Econômico), além do diretor-geral do campus Diadema do IFSP, Carlos Eduardo Procópio, e do presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, Aroaldo Oliveira da Silva.
Durante o encontro, foi apresentada a estrutura institucional do IFSP, com destaque para os eixos tecnológicos e possibilidades de cursos a serem oferecidos. O campus Mauá deverá contar com cursos técnicos de extensão, ensino técnico integrado ao ensino médio, formação de professores, pós-graduação lato sensu e mestrado stricto sensu, entre outras modalidades que serão definidas com base no processo de escuta pública.
O prefeito Marcelo Oliveira se emocionou ao relembrar a trajetória de mais de 15 anos para trazer a instituição à cidade. “É um sonho coletivo que começa a se realizar. Lutamos muito para esse dia chegar. Já perdemos as contas de quantas vezes estivemos em Brasília para tratar desse assunto. Quase conseguimos no governo da presidenta Dilma Rousseff, mas o projeto foi interrompido. Graças a Deus, agora, o presidente Lula entendeu que Mauá merece esse investimento”, declarou.
O secretário de Educação, Gilmar Silvério, ressaltou a necessidade de se ampliar a formação docente. “Se queremos um Instituto Federal voltado para a juventude mauaense, é essencial fortalecer desde a base. Precisamos investir na formação de professores e propor cursos de pedagogia para atender à crescente demanda por profissionais da educação”, afirmou.
Já a diretora do campus Mauá, Tamyris Bonilha, destacou a importância do diálogo com a sociedade para definir os rumos da instituição. “Nosso compromisso é com uma construção coletiva, transparente e conectada com as reais necessidades da cidade. Vamos olhar para o arranjo produtivo local, mas também pensar em novas possibilidades, inovar e planejar o futuro”, disse.
O público presente teve a oportunidade de participar ativamente por meio de três rodadas de manifestações. Entre os temas levantados, destacaram-se a preocupação com a formação voltada à indústria local, a inclusão de cursos em Inteligência Artificial, Indústria 5.0, e qualificação voltada para mulheres. Todos os apontamentos serão debatidos mais profundamente nas próximas fases do processo.
O ciclo de escutas públicas continuará com mais duas audiências já agendadas: a segunda ocorrerá no dia 17 de setembro, e a terceira no dia 14 de outubro. Os locais ainda serão definidos. Nessas ocasiões, será disponibilizado um questionário à população, e os debates serão aprofundados, especialmente no que diz respeito aos cursos a serem ofertados.
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