Tenho especial admiração pelo que chamo de tesouros da cultura de Washington, a capital dos Estados Unidos, com instituições como a Biblioteca do Congresso e seus incríveis museus, nas áreas de artes, história, paleontologia, tecnologia, aeronáutica e espaço.
Como exemplo de um museu muito especial, eu cito um de meus favoritos, o Museu de Aeronáutica e Espaço (Air & Space Museum), inaugurado em 1976, ano do segundo centenário da independência dos EUA. Lá, você encontra até a cápsula original da Apollo 11, que levou (e trouxe de volta) os três astronautas da primeira viagem à Lua em 1969. Diversas outras peças originais ou réplicas de sondas e satélites lá estão expostas, em tamanho natural, inclusive aviões históricos como o Spirit of Saint Louis, de Charles Lindbergh, que fez o voo histórico Nova York-Paris em 33 horas, em 1927. Ou o primeiro DC-3, de 1934, que revolucionou a avião comercial a partir de seu lançamento.
Outra joia da cultura que merece nossa visita é a Biblioteca do Congresso. Criada em 1800, ela tem 28.892.068 livros catalogados (segundo a Wikipedia, em inglês), além de 5.711 incunábulos, ou seja, livros impressos antes de 1500; com mais 14.067.260 monografias e publicações seriais, panfletos, relatórios técnicos e outros materiais impressos. No total, o acervo dessa biblioteca abriga ainda 122.810.430 itens não classificados de coleções especiais. Seu orçamento este ano: US$ 598.402.000 (dólares). Entre no site dessa biblioteca e veja o que ela oferece esta semana (www.loc.gov).
Fiquei espantado há alguns anos, quando conheci amigos, americanos ou estrangeiros, que praticamente ignoravam tudo que Washington tem de especial e não haviam visitado nem seus principais museus nem a Biblioteca do Congresso. Aliás, não são muitos os turistas – brasileiros, em especial – que, mesmo já tendo visitado os Estados Unidos, tiveram interesse em conhecer a capital desse país.
Recomendo com entusiasmo que aqueles que ainda não estiveram nessa cidade que o façam e dediquem alguns dias para descobrir o que eu chamo de tesouros da cultura. Até na música, vale a pena ouvir a Orquestra Sinfônica Nacional de Washington (National Symphony Orchestra). Tive a oportunidade de assistir apresentações dessa orquestra, quando ainda era regida pelo lendário violoncelista russo (do Azerbaijão), Mstilav Rostropovich, no período 1977 a 1994.
