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Mercado de franquias no ABC fatura R$ 1,23 bilhão

 Em contínuo crescimento, o mer-cado de franquias movimentou no País mais de R$ 62 bilhões no terceiro trimestre de 2023, com alta de 11,4% no faturamento. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o faturamento passou de e R$ 56,2 bilhões para R$ 62,6 bilhões comparado aos mesmos meses de 2022 e, em 2024, o valor deverá superar o dos anos anteriores.

   À nível estadual, o mercado de franquias no Estado de São Paulo faturou no período mais de R$ 7,3 bilhões e São Paulo abriga mais de 60% das sedes das redes de franquias que atuam no mercado nacional.

   O setor registrou bom desempenho também no ABC. Dados da ABF revelam alta no faturamento das franquias nos municípios. Comparando o terceiro trimestre de 2022 com o mesmo período de 2023, em Santo André, o mercado registrou alta de 9,51%, passando de R$ 425,6 milhões em 2022 para R$ 466,1 milhões em 2023.

   Em São Bernardo, o crescimento do setor foi ainda mais expressivo, com alta de 15,41%, com faturamento de R$ 384,8 milhões em 2022 e R$ 444,6 milhões em 2023. Em Diadema e São Caetano também registraram crescimento do setor, com alta de 13,66% e 13,40%, respectivamente. Somado, o faturamento das franquias nos municípios do ABC chegou a R$ 1,23 bilhão no 3º trimestre de 2023.

 Em relação à quantidade de franquias, as quatro cidades do ABC analisadas registraram alta no número de unidades. Sendo que em Santo André, houve o maior crescimento, com alta de 8,30%, seguida por Diadema (6,30%), São Bernardo (5,90%) e São Caetano (5,45%).

De acordo com a ABF, os segmentos que mais cresceram a nível nacional e também na região do ABC foram Turismo e Hotelaria, Lazer e Entretenimento e Alimentação. Além de setores como Saúde, Beleza e Bem-Estar.

   Segundo o diretor da ABF Regional Interior de São Paulo, Guto Covizzi, já são dez trimestres de crescimento contínuo desde a pandemia e a digitalização contribuiu para o bom desempenho do setor. “Atribuímos isso às melhores práticas e aprendiza-dos desde a pandemia, do avanço da digitalização, da omnicanalidade e da adoção de novos formatos, em um ambiente de atividades presenciais consolidado e consequente maior demanda por serviços e com a melhora de alguns indicadores macroeconômicos como a taxa de empregos. A força do delivery e a recuperação mais intensa do Turismo são outros fatores importantes”, afirma.

   O diretor revela que o modelo de franchising traz muitas vantagens e por isso é atrativo aos consumidores. Entre os benefícios, Guto lista o acesso a um modelo de negócio, produto ou serviço formatado e testado anteriormente, o treinamento e supervisão de um empresário mais experiente, além de fazer parte de uma marca já reconhecida no mercado. Entre os principais desafios do setor de franquias, o executivo cita questões como ter que seguir os padrões da franqueadora e prestar contas, pressão inflacionária, dificuldade no acesso a crédito ena contratação de mão de obra qualificada.

   Em relação aos nichos de maior demanda, o diretor da ABF Regional Interior de São Paulo, afirma que o mercado de franquias é multisetorial e multiformato. “Tradicionalmente, os maiores segmentos são os de Alimentação, Saúde, Beleza e Bem, Serviços e Outros Negócios e Moda. Nos últimos anos, notamos também o crescimento de franquias com baixo investimento inicial, as conhecidas microfranquias que são muito presentes nos ramos de prestação de serviços e vendas”, afirma.