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Mercado ilícito de bebidas e alimentos já faturou R$ 1,3 bilhões em SP

Após dois anos sem carnaval, em 2023 a folia finalmente volta às ruas. Este momento é muito esperado pela indústria de bebidas alcoólicas, que costuma ter um aumento de 40% nas vendas e faturamento do setor, de acordo com informações da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) de 2019. No entanto, o período de festas também mobiliza um grande mercado ilícito de bebidas e alimentos que, segundo levantamento da Fiesp, já movimentou 1,3 bilhões de reais entre 2017 e 2022, só no estado de São Paulo.

O Anuário de Mercados Ilícitos 2018-2022 elaborado pela Fiesp calculou, ainda, que o estado deixou de arrecadar, anualmente em impostos, cerca 53 milhões de reais, que poderiam ter custeado 98 escolas de ensino básico e 101 hospitais.
Além da perda econômica, o mercado ilegal de bebidas e alimentos pode trazer graves riscos à saúde decorrentes de produtos contrabandeados sem inspeção sanitária.

Nos primeiros 30 dias do ano de 2023, diversas notícias sobre falsificação de bebidas foram publicadas para alertar a população. O portal G1 noticiou que, em Campinas-SP, um alambique clandestino foi descoberto junto à um desmanche ilegal de veículos. Já em Bauru-SP, a Polícia Civil descobriu um laboratório que produzia e falsificava uísques, faturando mais de R$ 30 mil por mês. As bebidas eram vendidas para bares, adegas e festas tradicionais da cidade.

Esses é um dos 9 mercados ilícitos analisados pela Fiesp no Anuário 2018 até junho de 2022. A atualização do material está prevista para o primeiro semestre de 2023 e contemplará todo o ano de 2022.

Agência Indusnet Fiesp

Foto: Fiesp