
Parada obrigatória para quem visita Amsterdam, na Holanda, o Museu Van Gogh reúne a maior coleção de telas do pintor holandês Vincent van Gogh, com aproximadamente 1.400 obras. Fundado em 1973 pelo sobrinho de Van Gogh, o museu recebe cerca de 5 mil visitantes por dia.
É possível encontrar no local diversos autorretratos do pintor, que no início, como não tinha dinheiro para pagar modelos, fazia seus próprios retratos, pintando seus próprios olhos e testando cores para representar as emoções.
Além dos retratos, há outras pinturas, desenhos e cartas de Van Gogh. Também há pinturas de outros artistas do século XIX. As pinturas estão expostas em ordem cronológica, do primeiro ao terceiro andar. Van Gogh foi exposto a arte ainda bem jovem, por meio de seu tio, que era um negociante de artes. Quando jovem, Van Gogh trabalhou em galerias de arte em Londres e Paris, mas foi demitido.
No primeiro andar do museu, um dos destaques é a obra “Os Comedores de Batatas”, de 1885. Uma cena serena, com cores profundas e escuras. Van Gogh sempre quis fazer esta obra, para retratar o trabalho braçal dos camponeses, que ganharam honestamente seu alimento.

No ano seguinte, 1886, Van Gogh se muda para Paris e pinta o “self-portrait with grey felt hat” (autorretrato com chapéu de feltro cinza). Nesta tela, o pintor está aprendendo a tornar as cores mais intensas, usa cores como azul e laranja, vermelho e verde. Van Gogh pintou diversos autorretratos em Paris. Ainda no primeiro andar, outra grande atração é a tela “Girassóis”. Van Gogh pintou cinco versões. Queria ser conhecido como pintor dos girassóis, a intenção era criar uma tela com cores vivas. A tela “Seascape near Les Saintes-Maries-de-la-Mer” também está neste andar, que retrata a vista do mar. Nesta tela, os grãos de areia se misturam com as camadas de tinta.
No segundo andar, encontra-se a história e os tesouros da família do pintor. Quando Van Gogh morreu, seu irmão Theo herdou suas telas. A esposa de Theo, ficou responsável pela coleção, pois Theo faleceu seis meses depois de Van Gogh. Neste andar, encontra-se o gabinete, onde Theo armazenava palavras e cartas de Van Gogh. Entre as diversas cartas escritas pelo pintor, Van Gogh retratava a vida, morte e o amor. Uma de suas citações era “O amor sempre causa problemas, é verdade, mas, em seu favor, ele energiza”.

No terceiro e último andar, é retratado o final da vida de Van Gogh, com a saúde mental debilitada, pintando seus últimos trabalhos em um asilo. As obras “Mariposa Imperadora” e “Borboletas e Papoulas” foram pintados em 1890, quando estava morando em um asilo, onde havia um jardim. Van Gogh observava o jardim e transmitia o que via para as telas. Van Gogh estava no asilo quando teve a notícia de que seu sobrinho ia nascer e iria se chamar Vincent. Van Gogh então pintou a obra “Amendoeiras em Flor” presenteou os pais com o quadro, para ser colocado no quarto do bebê, celebrando uma nova vida florescendo. As flores da amendoeira retratadas florescendo no quadro representam a hora em que o bebê estava nascendo. O sobrinho, anos depois, veio a fundar o Museu de Van Gogh em Amsterdam.
A última obra, feita em 1890, foi a “Raízes da árvore”. Está inacabada, estava encostada em seu cavalete quando Van Gogh morreu.
Para quem está planejando ir à Amsterdam, separe pelo menos de duas a três horas para conhecer a vida de Van Gogh e apreciar seu trabalho visitando o museu. A dica é comprar o ingresso com antecedência e, se possível, escolher um horário pela manhã. Há a opção de áudio guia em português, que irá explicar as principais obras do artista. Informações e tickets em: www.vangoghmuseum.nl/en.

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