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Namorados gastarão mais: presente deve chegar a R$186 no ABC

O preço médio que consumidores do ABC pretendem empenhar por presente neste Dia dos Namorados é de R$ 186. Comparado aos R$ 152 registrados na Pesquisa de Intenção de Compras do ano passado, houve aumento real de 14% (descontada a inflação de 6,75% nos últimos 12 meses até abril), revela levantamento do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo.

Já os gastos planejados para vários mimos em celebração à data – presente, jantar, ida ao cinema e outros programas – devem chegar a R$ 231. Em comparação com 2020, quando o ticket planejado foi de R$ 169, registra-se aumento real de aproximadamente 28%.

“Apesar da elevação do desemprego, o aumento do gasto planejado é explicado especialmente pela maior adaptação dos consumidores e comerciantes aos meios digitais e pelo menor nível de isolamento. Não obstante, este ano registra uma elevação de cerca de 10 pontos percentuais na proporção de pessoas que não presentearão nesta data”, explica o professor Sandro Maskio, responsável pela pesquisa.

Pelo menos 81% dos 400 entrevistados declararam estar familiarizados com os novos meios eletrônicos de compra, pontuando uma das principais alterações no comportamento do consumidor. O nível de isolamento social na baixa faixa dos 40% também explicaria a maior confiança para consumir.

R$ 64 milhões em movimentação

Para a comemoração do dia 12 de junho, a PIC mostra movimentação econômica com presentes no ABC em torno de R$ 64 milhões, ou aumento real de 5% sobre 2020. “Isso não significa que será o montante de recursos injetado no comércio da região, dada a elevada participação das compras via internet”, ressalva professor Maskio.

Dentre os presentes mais procurados estão vestuários (29,2%), seguidos de perfumes e cosméticos (15,5%). Neste ano chama atenção a participação dos livros (8,3%), que pela primeira vez figuram em terceiro lugar na lista de lembranças. Essa alteração estaria influenciada pelas mudanças de comportamento na pandemia, corroborada pelo crescimento do mercado editorial no Brasil, especialmente nas versões digitais.

Em meio às restrições impostas pela Covid-19, o principal meio de compra serão os canais digitais, seguidos dos estabelecimentos com entrega delivery. Observa-se, contudo, que a compra via internet diminuiu de 73% para 59,4% neste ano devido à maior liberalização do comércio presencial.

Outro dado derivado da pandemia é a ampliação da quantidade de entrevistados que pretendem presentar o marido (22,1%) e a mulher (15,6%), enquanto caiu o percentual dos que planejam presentear o namorado (30,3%) ou namorada (23,8%). A justificativa é a de que o isolamento aproximou os casais que vivem juntos. Já os casais de namorados foram afetados pelo desemprego, uma vez que a maioria é de jovens, um dos principais grupos que sofrem com a falta de empregos.