A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de São Caetano apresentou novo estudo de inadimplência na região, com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e apoio da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC. Os dados, referentes a fevereiro de 2023, mostram que cada consumidor negativado da região devia, em média, R$ 5.050,81 na soma de todas as dívidas.
O estudo aponta que o número de inadimplentes residentes no ABC cresceu 10,81% em fevereiro de 2023, em relação a fevereiro de 2022. Já na passagem de janeiro para fevereiro, o número de devedores da região caiu ‐1,45%. O dado ficou acima da média da região Sudeste (5,56%) e acima da média nacional (7,49%). Na região Sudeste, na mesma base de comparação, a variação foi de 0,15%.
A abertura por faixa etária do devedor mostra que o número de devedores com participação mais expressiva residentes no ABC em fevereiro foi o da faixa de 30 a 39 anos (26,02%). A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 50,37% mulheres e 49,63% homens.
Em fevereiro de 2023, cada consumidor negativado da região devia, em média, R$ 5.050,81 na soma de todas as dívidas. Os dados ainda mostram que 25,81% dos consumidores da região tinham dívidas no valor de até R$ 500, percentual que chega a 38,36% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000. O tempo médio de atraso dos devedores negativados residentes na região é igual a 25,5 meses, sendo que 33,01% dos devedores possuem tempo de inadimplência de 1 a 3 anos.
Em fevereiro de 2023, o número de dívidas em atraso de moradores do ABC cresceu 21,53%, em relação a fevereiro de 2022. O dado ficou acima da média da região Sudeste (15,81%) e acima da média nacional (17,41%). Na passagem de janeiro para fevereiro, o número de dívidas da região caiu ‐0,70%. Na região Sudeste, nessa mesma base de comparação, a variação foi de 0,84%.
Segundo o presidente da CDL São Caetano, Alexandre Damásio Coelho, os dados mostram também que a região permanece ativa economicamente.
“É relevante olhar os perfis de inadimplência, porque temos também um elemento importante de extração do dado, que é verificar que, para que haja inadimplência, ainda temos um consumidor e um setor econômico que empresta dinheiro”, comentou Coelho.
O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, Aroaldo da Silva, relatou que a Agência está articulando alternativas junto aos setores da economia.
“A partir dessa realidade, a Agência segue articulando os setores público e privado, na busca por alternativas para que essas pessoas inadimplentes tenham seus problemas sanados e possam voltar a buscar crédito”, declarou Silva.