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Nós, humanos, e robôs

Estamos sendo sempre informados sobre robôs, seus feitos, sua capacidade de se aproximar mais e mais da “condição humana”. As montadoras de veículos aqui no ABC utilizam seus serviços com igual, ou maior eficiência dos humanos. Filmes de cinema costumam mostrar até onde poderá chegar a ação deles, emparelhando com a nossa, ou substituindo-a. Claro que há limites, mas a ousadia dessas máquinas avança sempre mais. E, claro, a ousadia dos que as constroem.
O jornal Financial Times, de Londres, publicou, recentemente, comentário sobre o assunto no qual lembra que máquinas mais adaptáveis, criadas para ambientes difíceis, ganham destaque ao lado do aprendizado mecânico e outras técnicas de inteligência artificial. E os japoneses disputando com os americanos as tecnologias para uma robótica cada vez mais atrevida. Os robôs enviados para Fukushima quando danificada pelo furacão tsunami, em 2011, eram todos de fabricação americana. Mas os japoneses reagem alimentando uma política de renovação em inteligência artificial para não saírem derrotados, adotando campanha para desenvolver novas tecnologias para definir o futuro desse setor.
Diz a nota do Financial Times que uma pesquisa da Nikkei revelou que 3 dos 5 maiores fabricantes mundiais de robôs industriais em 2014, em termos de fatias de mercado, tinham sede no Japão com a Fanuc em primeiro lugar. E há os robôs antropomórficos que reagem a emoções humanas. Esse produto, lançado em 2015, teve o estoque inicial vendido instantaneamente. E vem o mais importante desse registro do jornal inglês: Para Masayoshi Son, presidente executivo da SoftBank, “em 24 anos haverá 10 bilhões de robôs no planeta, mais que os humanos” (cf. Folha de S. Paulo, 15/01/2016).
Imagine o leitor que, passando por uma rua à noite, possa dar de cara com um robô e ser por ele assaltado. Mesmo que esteja armada, a vitima do assalto não terá condições de reagir diante de uma máquina inexpugnável.
Bem, os assaltos de hoje, por bandidos humanos, têm sido tão perigosos quanto seriam os de um robô. Com a vantagem para este, de não poder ser preso ou processado, ampliando-se assim o elenco dos criminosos impunes, para desespero dos desprotegidos humanos contra a supremacia da máquina. Quem viver, verá.