Uncategorized

Nosso amigo: Giuseppe Ranzini

Giuseppe Ranzini, nosso amigo italiano de nascença, mas brasileiro de coração, filho da “mama” Lia, remexendo em antigos papéis descobriu um recorte de uma das crônicas de minha mãe Odette, do dia 1 de novembro de 1969, para este jornal, a Folha do ABC.
Dizia o seguinte:
“Discutíveis os méritos de alguns premiados, segundo outros, mas é assim mesmo. As opiniões raramente coincidem e gosto não se discute. Certos trabalhos classificados também não deviam sê-lo… Mas, no conjunto geral todos concordam em que o XII Salão de Arte, é o melhor até hoje realizado nestas plagas. Principalmente em arte moderna, tem trabalhos originais e de grande valor.
Fiz meu julgamento e auscultei a opinião de artistas, de preferência, jovens.
Concordamos em que um dos melhores trabalhos ali expostos, um dos mais profundos, que faz a gente pensar e demonstra a inteligência e o talento de seu autor, é o intitulado “HOMO SAPIENS”, do moço acadêmico da nossa Faculdade de Direito- GIUSEPPE RANZINI.
Ao lado do outro ótimo quadro do mesmo autor – “DÔR”, o citado “HOMO SAPIENS”, realizado em colagem e pintura, impressiona a todos que procurarem compreendê-lo, observando-o e estudando-o por alguns minutos.”
Giuseppe diz que foi com orgulho e emoção que encontrou esse recorte, pois foi a primeira crítica que recebeu sobre uma obra sua, isso quando ainda era um jovem rapaz,
aluno então do professor Carlos Ayres, na ASBA, Associação de Belas Artes de S.B.
Ele aposentou-se há 10 anos em uma Indústria Farmacêutica que o levou a residir na França, no Peru e finalmente no Rio de Janeiro. Voltando para São Paulo se dedicou inteiramente ao seu dom para a pintura, sonho que acalentou por muitos anos.
A obra citada por minha mãe, entre outras, hoje faz parte da nossa Pinacoteca Odette Tavares Bellinghausen. Uma coincidência…
Pode ser vista nas novas instalações da Pinacoteca, hoje no antigo prédio do Fórum Municipal, na rua Kara, 105, Jardim do Mar.
Suas obras são inspiradas do figurativo ao abstrato.
Entre os vários prêmios acumulados em sua vida podemos citar o Troféu Independência, recebido nos anos 2005, 2007. 2008.
Prêmio AVB como o “Homem do Ano” em Artes Plásticas.
Em 2010 recebeu da Prefeitura Municipal de São Paulo o troféu “Mãos e Mentes que Brilham”.
Tem suas obras expostas em vários estados do Brasil e no exterior.
PARABÉNS Giuseppe!
Minha mãe tinha razão quando visualizou o artista que você era!
Um abraço, Didi

Divanir Bellinghausen Coppini (Didi) é escritora e voluntária em São Bernardo – e-mail: dibelligh@yahoo.com.br