No momento em que vivemos a crise da pandemia, Covid 19 – Ômicron, aprendemos novas palavras que nunca fizeram parte do nosso dia-a-dia.
O VOLP (Vocabulário da Língua Portuguesa) é um levantamento de palavras existente na língua, com indicação da grafia correta. Com trezentos e oitenta e duas mil entradas, o novo VOLP tem mais de mil palavras no nosso vernáculo.
Em recente matéria no “Estadão”, a jornalista Roberta Jansen (Rio) faz clara reportagem sobre o assunto.
A comissão de Lexicologia e Lexicografia da ABL presidida pelo Professor Evanildo Bechara vem reunindo novos vocábulos colhidos em textos literários, científicos e jornalísticos ou recebidos como sugestão por quem consulta o VOLP.
Nosso linguajar diário ser enriqueceu com esses novos vocábulos que jamais o “Aurélio” e o “Houaiss” haveriam de sonhar em acrescentar em seus dicionários.
O momento político-social que atualmente vivemos no Brasil e em várias partes do mundo, trouxe para nossa língua, novos adjetivos populares.
Senão vejamos: – Telemedicina, judicialização, covid 19, pós-verdade, negacionismo, necropolítica, gentrificação e ciclofaixa são verbetes acrescidos ao VOLP.
Foram registrados também novos estrangeirismos:- botox, bulliyng, compliance, crossfit, home office, lockdown, ômicron, podcast, emoji.
“Comorbidade” por exemplo. Esse subs-tantivo tornou-se mais conhecido recentemente, e seu significado abrange mais de uma doença.
Feminicídio, afrofuturismo, sororidade, homoparental, gordofobia, infodemia.
E no mundo digital, criptomoeda e ciberataque.
Delivery, Drive-Througt ou Drive-Thru, Take Away ou Take Out – modalidades de atendimento ao público destinado ao consumo de refeições a se fazer em outro local.
E o verbo “colapsar” veio com tudo para ser conjugado: – colapso no sistema de saúde público ou privado.
Frontliner, zoom, meet, team, social distancing, on line, live, já anteriormente conhecidos pelos povos de língua inglesa, tiraram o máximo proveito vocabular oferecido pela pandemia.
No Ensino Superior: – graduação digital, presencial, semi-presencial, híbrido, remoto, além do já consagrado há mais de cinco anos, EAD (Ensino a Distância). E a grande novidade, que vem deixando os especialistas sem dormir – homeschooling, que vem no esteio do ensino domiciliar.
Pânico, ansiedade, síndrome da gaiola, acolhimento virtual, distanciamento ou isolamento social, inclusão digital, são vocábulos que surgiram fortemente nestes tempos de pandemia, mas agora, em menor intensidade.
Logo, logo, os cartórios registrarão os novos rebentos que virão: – Quarentena, Cloroquina, Altogelson, Cloronilda, Pandemilson, Vacinária, e por aí vai.