Fabio Picarelli Opinião

O crescimento do mercado pet no Brasil

Não há como negar o crescimento do mercado Pet no Brasil. Principalmente após a pandemia da Covid-19.
Os números do Sebrae São Paulo referentes a maio de 2024 mostram que em 2018 haviam 29.062 pequenos negócios no setor. Até o final de 2023 foram registrados 64.109 no Estado, um crescimento médio de 17% nesse período. Se contar esse ano, que ainda não terminou, já ultrapassamos 65 mil estabelecimentos.
O levantamento levou em consideração os dados da Receita Federal. Ao menos 55,4% são microempreendedores individuais (MEIs); 40,5% são microempresas; e 4,1% empresas de pequeno porte. Comércio de animais vivos e produtos para animais de estimação são os pontos fortes das vendas.
No entanto, é preciso ressaltar a grande procura por serviços de higiene e beleza dos animais domésticos, cuja participação subiu de 23,4% em 2018 para 30,8% no ano passado. Além disso, a saúde dos bichinhos e os serviços de alojamento praticamente dobraram.
Um fator interessante é que os consumidores compram em localizações mais próximas da residência ou local de trabalho e preferem pequenos negócios ao invés de grandes empresas.
Santo André é hoje um grande investidor na área. Em cada canto há um estabelecimento voltado para os pets e com todos os serviços disponíveis.
Em termos de Brasil, somos o terceiro país do mundo em faturamento com 4,95% do mercado global, atrás somente de potências econômicas como os Estados Unidos (43,7%) e China (8,7%). Isso gera mais de 107 mil empregos formais. A Abinpet (Associação Brasileira de Indústria de Produtos para Animais de Estimação) projeta para este ano uma taxa de crescimento de 15%, o equivalente a mais de R$ 64 bilhões.
Os campeões de vendas são o pet food (alimentos), o pet serv (serviços estéticos), pet care (produtos para cuidados) e pet vet (medicamentos).
Os pets shops, no entanto, ainda são voltados quase que exclusivamente para cães, gatos e pássaros. Produtos para animais silvestres são a minoria, porque a procura é baixa.
A criatividade do empreendedor pode alcançar patamares ainda mais elevados no mercado pet. A tendência é cada vez mais investir no desenvolvimento tecnológico, tais como: microchipagem, compras on line, telemedicina e monitoramento. Em outro ponto, abre-se campo para lavagem de roupas, toalhas, caminhas e cobertores; festas em datas especiais como aniversário; fotos e vídeos; consultoria; transporte; exportação; aplicativos dog walker; e até rede social para pet influencer.
Integrantes do grupo Plantar Hoje para Colher Amanhã são adeptos a parte desses serviços para seus animais de estimação. Afinal, quem não ama esses companheiros fiéis e destemidos!

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