Nos últimos anos, os golpes digitais têm crescido exponencialmente, tornando-se uma ameaça significativa à segurança dos dados pessoais e à privacidade dos cidadãos. O avanço das tecnologias e a digitalização de serviços facilitaram não apenas a comunicação e o comércio eletrônico, mas também abriram brechas para a ação de criminosos que exploram vulnerabilidades tecnológicas e comportamentais para obter vantagens ilícitas.
Os dados pessoais são o principal ativo explorado pelos criminosos em fraudes digitais. Informações como nome, CPF, endereço, número de telefone, e-mails e credenciais de acesso podem ser utilizadas para a prática de golpes, como clonagem de cartões, falsidade ideológica, estelionato e engenharia social.
Entre os golpes mais comuns estão o phishing, em que criminosos enviam e-mails ou mensagens falsas para enganar o usuário e obter seus dados sensíveis; o SIM swap, técnica na qual o fraudador transfere o número de telefone da vítima para um novo chip, possibilitando o acesso a contas bancárias e redes sociais; e os golpes de marketplace, onde falsas ofertas atraem consumidores para realizar pagamentos sem receber os produtos.
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais estabelece regras para o tratamento de dados pessoais por empresas e entidades, exigindo medidas técnicas e organizacionais que garantam a segurança e a privacidade das informações dos titulares. A legislação impõe a responsabilidade sobre os controladores e operadores de dados, tornando obrigatória a adoção de práticas como anonimização, criptografia e gestão de acessos para minimizar riscos de vazamentos e fraudes.
Além disso, a LGPD reforça o direito dos titulares de dados de saber como suas informações são tratadas e possibilita a responsabilização de empresas que negligenciam a proteção desses dados, prevendo sanções administrativas, incluindo multas e suspensão de atividades relacionadas ao tratamento de dados.
Diante desse cenário, tanto empresas quanto indivíduos devem adotar boas práticas para mitigar os riscos de golpes digitais. Entre as principais recomendações, destacam-se a educação digital, autenticação em dois fatores, monitoramento de vazamentos, uso de senhas fortes e verificação de informações: antes de fornecer dados, verificar a autenticidade de contatos e páginas web.
A proteção de dados pessoais deve ser encarada como prioridade, pois, somente com medidas de segurança robustas e conscientização será possível reduzir a incidência de golpes digitais e garantir um ambiente mais seguro para todos os usuários na internet.
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